Justiça

Acusados de matar ex-prefeito de cidade no interior de MG são julgados em Betim

Quatro réus são acusados de mandaram matar, em 1997, Ademar Alvarenga do Amaral. Ele era prefeiro de Nacip Raydan, no Vale do Rio Doce

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Disputa política pelo comando da Prefeitura de Nacip Raydan, no Vale do Rio Doce, teria sido motivo do crime | Reprodução Google Street View

Quatro pessoas apontadas pela Justiça como mandantes do assassinato do ex-prefeito de Nacip Raydan, no Vale do Rio Doce. Ademar Alvarenga do Amaral, estão sendo julgados nesta terça (5) em Betim, na Grande BH.

O julgamento dos réus acontece 24 anos após o assassinato. De acordo com as investigações, Ademar foi executado no bairro São Caetano, em Betim na Grande BH, em outubro de 1997. O ex-prefeito de Nacip Raydan estava na casa de uma amante quando foi surpreendido por um atirador que foi contratado pelos acusados. O Ministério Público de Minas Gerais aponta que os réus integravam o grupo de oposição à Ademar e planejaram a morte do político por divergência políticas.

Vão ao banco dos réus quatro dos oito acusados pelo crime. O advogado Sebastião Aiala Braga; os fazendeiros Ildeu Fróis Braga Filho e Paulo Fróis Braga Sobrinho e o lavrador João Augusto de Oliveira. Eles respondem em liberdade. Se condenados, os réus podem ser sentenciados a penas que variam entre 12 e 20 anos de prisão.

Em março de 2018, a Justiça adiou o julgamento dos acusados depois da defesa dos réus pedir o desmembramento do caso.

Dois dos réus já estão mortos: Joaquim Jota Braga e Wilson Cândido Nascimento. Já Sebastião Fróis Braga e José Pedro Braga entraram com ações judiciais alegando a prescrição dos crimes.

Morte de esposa

Ademar Alvarenga do Amaral não foi o único membro da família que tinha envolvimento político e foi assassinado. A esposa do ex-prefeito, Maria Aparecida Vieira, que era vice de Ademar e assumiu a prefeitura de Nacip Rayda após a morte do marido também foi assassinada em 2000.

José Pedro Braga, empresário e que foi prefeito de Nacip Raydan foi apontado pelas investigações como o principal mandante do crime. Braga, que na época da morte de Maria Aparecida ocupava o cargo de presidente da Câmara de Vereadores do município, planejou o assassinato para voltar ao poder da cidade. O empresário já havia sido prefeito da cidade do Vale do Rio Doce por mais de 20 anos.  Ele foi condenado a 18 anos de prisão em 2008 pela morte da ex-prefeita. Sebastião Aiala Braga, que hoje será julgado pela morte do marido de Maria Aparecida, também foi sentenciado a mesma pena.

Maria Aparecida Vieira foi morta em abril de 2000 pelo pistoleiro Elizeu Gonçalves de Almeida. Ela recebeu três tiros quando ia para o trabalho. A ex-prefeita foi morta na frente da filha. O pistoleiro foi condenado a 13 de prisão em 2000.

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