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Suíça anula condenação de Cuca por caso de estupro
O Tribunal Regional de Berna-Mittelland, na Suíça, decidiu anular a sentença que condenou Alexi Stival, conhecido como Cuca, ex-jogador e atual técnico de futebol, por ter mantido relações sexuais com uma menor de idade sob coerção durante uma excursão do Grêmio ao país europeu em 1987.
A decisão foi tomada em 22 de novembro pela juíza Bettina Bochsler, que acatou o argumento da defesa de Cuca de que ele havia sido condenado à revelia, ou seja, sem representação legal adequada, e que deveria ter a oportunidade de um novo julgamento. O Ministério Público suíço concordou que um novo julgamento não seria possível devido à prescrição do crime e sugeriu a anulação da pena e o encerramento do processo.
No entanto, é importante destacar que a decisão do tribunal não inocenta Cuca no mérito. Sua defesa afirma ter reunido provas suficientes para demonstrar que ele não cometeu estupro ou abuso contra Sandra Pfäffli, então com 13 anos, na noite de 30 de julho de 1987, quando a jovem foi até o quarto onde ele e outros três colegas de time estavam hospedados no Hotel Metropole de Berna.
Além disso, a juíza determinou que Cuca seja indenizado em 9.500 francos suíços (equivalente a cerca de R$ 55,2 mil) pelos custos processuais do caso.
Essa decisão representa uma vitória para o técnico, que teve sua carreira interrompida após o caso, que já era conhecido, vir à tona novamente quando ele foi contratado pelo Corinthians em abril do ano passado. Sob pressão, Cuca ficou apenas dois jogos à frente do clube paulista e pediu demissão, tornando-se um caso emblemático no meio esportivo.
Cuca expressou alívio com o resultado e afirmou que os últimos oito meses foram difíceis emocionalmente, mas ocorreram no momento certo e segundo a vontade de Deus, de acordo com uma nota divulgada por sua assessoria.