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Vereador e ex-secretário de Contagem são presos em operação do MPMG e Polícia Civil
Investigações mostram que empresa, que estava inativa desde 2003, foi contratada sem licitação para operar aterro sanitário da cidade
Três pessoas foram presas durante uma operação conjunta do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Polícia Civil em combate a um grupo criminoso que operava empresas que administravam o aterro sanitário de Contagem, na Grande BH. Dois dos presos foram secretários durante a gestão do ex-prefeito Alex de Freitas, sendo que um deles é o vereador Hugo Vilaça (Avante). O terceiro é um empresário.
As investigações mostram que Vilaça, que era secretário na época dos supostos crimes, teria suspenso um processo de licitação para a contratação de uma empresa que prestaria os serviços administração e ampliação do Aterro Sanitário de Contagem para beneficiar uma empresa ligada em um grupo de políticos de Contagem e Brumadinho.
Outros três mandados de prisão foram expedidos pela Justiça contra um ex-subsecretário de obras, um ex-diretor de compras e licitações da prefeitura municipal e um empresário. Eles são considerados foragidos pelo MPMG. Outros nove mandados de apreensão também estão sendo cumpridos.
Um outro ex-secretário, que também é investigado, está internado em Juiz de Fora, na Zona da Mata.
Investigações
As investigações começaram em 2019 e desvendaram o funcionamento de um esquema de fraude na licitação da contratação da empresa Sobrado Sociedade Mineira de Obras Ltda pela prefeitura de Contagem para a administração, operacionalização, manutenção e ampliação do aterro sanitário do município. De acordo com a Justiça, “a contratação foi feita sem licitação e com fortes indícios de favorecimento e superfaturamento”.
Ainda de acordo com a Justiça, a contratação foi feita após o cancelamento da licitação que tratava da prestação de serviços relacionados ao aterro sanitário. Com a suspensão do certame, empresas que participavam do processo procuraram o MPMG e levantaram suspeitas de que o cancelamento foi efetuado para favorecer a Sobrado, que estava inativa desde 2003.
Para realizar os serviços, a Sobrado teria recebido da prefeitura de Contagem um total de R$ 15 milhões a mais do que estava estabelecido no processo de licitação suspenso.
Políticos
As apurações feitas pelo MPMG e a Polícia Civil mostram que a empresa está ligada a políticos influentes de Contagem e Brumadinho. O MPMG ainda apura diversas outras dispensas de licitação suspeitas que teriam ocorrido entre os anos 2017 e 2020.
(reportagem em atualização)