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Homem é preso por feminicídio após matar a ex-companheira em Ibirité
O homem matou a ex-companheira a facadas em Ibirité. Ele perseguia a vítima para tentar reatar o relacionamento.
A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (11), um homem de 39 anos após matar a ex-companheira em Ibirité, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. As informações foram divulgadas em coletiva na tarde desta quinta-feira (12).
O crime
Na manhã desta quarta-feira (11), a mulher de 33 anos foi esfaqueada pelo suspeito enquanto trabalhava. Ela era gari da Prefeitura Municipal de Ibirité e estava na rua quando foi atacada. A vítima foi atendida e encaminhada para o Hospital de Ibirité. Como estava em estado grave, ela foi levada para um Hospital de Belo Horizonte, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Os dois tiveram um relacionamento por seis anos e estavam separados desde de 2020. O suspeito não aceitava o término e fazia ameaças já há algum tempo. A vítima não queria reatar o relacionamento.
Segundo informações da delegada Carolina Urbano, responsável pela investigação, a mulher não havia feito nenhuma denúncia contra o companheiro, mesmo recebendo ameaças há tempos. Os familiares sabiam que a vítima era perseguida e também não fizeram denúncias. Ela deixou quatro filhos, nenhum com o suspeito.
Prisão
O homem foi localizado pela Polícia Civil. Ele estava em um bar, próximo do local do crime. Ele foi preso em flagrante por homicídio. O suspeito tem histórico de agressões contra outras mulheires e passagem pela polícia por crimes envolvendo o uso e tráfico de drogas, além de posse ilegal de arma de fogo.
O homem está preso no presídio de Ibirité e aguarda audiência de custódia. Após o fim das investigações, se condenado por feminicídio, ele pode pegar entre 12 e 30 anos de prisão.
Mensagem para as mulheres
A delegada Carolina Urbano aproveitou para deixar uma mensagem para mulheres que recebem essas ameaças. Segundo ela, muitas deixam de denunciar por vergonha da situação. Mas ela encoraja as vítimas a denunciarem as agressões para que a Polícia possa tomar as medidas necessárias. “A mulher muitas vezes tem vergonha e não quer procurar a Polícia. Ela acha que não vai ter um respaldo. Mas hoje temos a medida protetiva, feita em uma delegacia. Em até 48 horas a Justiça pode aprovar. Se o agressor descumprir pode ser preso. Ela poderia ter essa medida e o suspeito já ter sido preso. Também temos o disque denúncia (181) que pode ser usado”, disse a delegada.