Saúde
Em BH: médica deixa amiga em coma após aplicação caseira de medicamento
Após receber medicação caseira de um remédio restrito, Letícia de Souza acabou em estado de coma vigil
Letícia de Souza Patrus Pena, de 31 anos, está internada desde setembro de 2024, após sofrer uma parada cardiorrespiratória e graves lesões cerebrais. Os danos ocorreram depois de Letícia ser submetida à aplicação de cloridrato de ropivacaína, um anestésico de longa duração com uso restrito a ambientes hospitalares, realizada por sua amiga Natália Peixoto de Azevedo Kalil.
Segundo a mãe de Letícia, Flávia Bicalho de Souza, a filha começou a apresentar vômitos e convulsões logo após a aplicação do medicamento. Flávia também afirmou que Natália em momento algum pediu que a vítima fizesse algum preparo para receber a medicação.
Flávia ainda explicou que Natália se negou a prestar socorro imediato a Letícia. A anestesista teria ligado para o marido, pedindo que ele chamasse o irmão, ortopedista, para só depois colocar Letícia em um carro comum e levá-la ao hospital.
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“Foi uma lesão cerebral complicada. A Letícia chegou ao hospital totalmente parada. Ela não se comunica, não se movimenta, e tem crises de ansiedade muito fortes”, disse Flávia sobre o estado de sua filha.
A família de Letícia fez uma denúncia ao CRM-MG. Por meio de nota, o órgão informou que toda a investigação segue em sigilo, conforme descrito no Código de Processo Ético-Profissional. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) também informou que nenhum promotor tomou uma decisão sobre o caso devido a uma troca de promotores. Segundo o órgão, a nova promotora irá “analisar as informações recebidas para definir as medidas cabíveis”.