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Salário do pontífice: quanto o Papa Leão XIV receberá?
Novo líder da Igreja Católica não deve ter remuneração fixa, mas contará com estrutura de vida financiada integralmente pelo Vaticano

Com a eleição do Papa Leão XIV, surge a curiosidade: quanto ganha, afinal, o líder da Igreja Católica? A resposta surpreende. Apesar de comandar mais de um bilhão de fiéis e chefiar o Estado soberano do Vaticano, o Papa não recebe um salário convencional.
Historicamente, o Vaticano cobre todas as despesas do pontífice: moradia, alimentação, transporte, assistência médica e segurança. Francisco, antecessor de Leão XIV, recusou qualquer pagamento direto durante seus 12 anos de papado. Embora tenha tido direito a uma remuneração mensal estimada em € 2.500 (cerca de R$ 15.893), preferiu manter-se fiel à vida simples que sempre defendeu.
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Essa tradição deve continuar com Leão XIV. O novo Papa terá acesso à estrutura do Vaticano, incluindo veículos oficiais, residências, verba para caridade e serviços exclusivos, mas não utilizará esses recursos para fins pessoais. O papel papal exige austeridade e compromisso com os valores espirituais, não a busca por ganhos financeiros.

O patrimônio do Papa, portanto, não se mede em contas bancárias ou bens próprios. Francisco, por exemplo, controlava recursos institucionais avaliados em cerca de £ 12 milhões (R$ 76 milhões), mas sempre os destinou a ações sociais, como a doação de € 200 mil (R$ 1,2 milhão) feita a presidiários.
Enquanto isso, o Vaticano lida com desafios financeiros sérios. Em 2023, a Santa Sé acumulou um déficit de £ 70 milhões (R$ 445 milhões). A crise forçou cortes de salários entre cardeais e bispos e levou Francisco a encerrar o benefício de apartamentos subsidiados ao alto clero.
Se Leão XIV seguir os passos de seu antecessor, como já indicam os primeiros sinais, seu “salário” continuará simbólico: viver com o necessário, sem acúmulo, sustentado por uma instituição que busca manter a fé, mas também o equilíbrio nas contas.