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Babá é presa por dopar bebê para dormir durante o trabalho
Suspeita usava remédio controlado à noite para evitar cuidados com criança de 11 meses
Uma babá foi presa na última quinta-feira (26) sob suspeita de dopar um bebê de 11 meses com medicamento controlado durante o turno noturno de trabalho.
A prisão ocorreu no distrito de Outeiro, em Belém, no Pará, e foi efetuada pela Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis, com apoio do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil.
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Segundo as investigações, a mulher administrava o medicamento para que a criança dormisse por longos períodos e, assim, pudesse descansar também. A Polícia Civil trata o caso como tentativa de homicídio qualificado.
A suspeita é que a droga utilizada tenha sido quetiapina, substância indicada para tratamento de transtornos psiquiátricos em adultos.
Exames e investigação em andamento
A criança passou por exames toxicológicos no dia 20 de junho. Os resultados devem indicar a substância exata e a quantidade administrada. A previsão é que o laudo fique pronto em até 15 dias.
Os pais procuraram atendimento médico após observarem sinais de sonolência e letargia no bebê. Os sintomas são compatíveis com os efeitos colaterais da quetiapina, medicamento que atua sobre neurotransmissores como serotonina e dopamina.
Durante o cumprimento do mandado de busca, os agentes encontraram medicamentos e seringas na residência da suspeita. O material foi recolhido para análise pericial.
Prisão e desdobramentos
A mulher foi levada à sede da Delegacia de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DATA), em Belém, onde prestou depoimento e foi autuada. Ela permanece à disposição da Justiça.
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) conduz as investigações e apura a possibilidade de outras vítimas. A prisão foi efetuada no contexto da “Operação Eli”, ação voltada à proteção de grupos vulneráveis e à repressão de crimes contra crianças.
A motivação, segundo o delegado Theo Shüler, foi a recusa da babá em permanecer acordada durante o expediente noturno.
A polícia agora busca esclarecer quantas vezes o bebê foi medicado, por quanto tempo e se houve conivência ou omissão de outras pessoas envolvidas.