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Professora presa por abusar de aluno 50 vezes alega ‘perseguição’
Professora está presa desde março deste ano e diz estar sendo vítima de perseguição por ser mulher
Uma professora acusada de ter abusado sexualmente de um aluno menor de idade 50 vezes por meses alega estar sendo vítima de “machismo”. De acordo com documentos judiciais, Christina Formella, atualmente com 30 anos, enfrenta diversas acusações por suposto abuso sexual de um aluno durante o período em que trabalhava em uma escola pública em Illinois, nos Estados Unidos.
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A denúncia afirma que a relação teria começado quando o estudante tinha 14 anos, e se estendido durante meses, mesmo após Formella ter se casado. A maior parte dos encontros, segundo a acusação, teria ocorrido nas dependências da instituição de ensino. A mulher está presa desde março deste ano.
Investigadores relatam que, no caso em questão, centenas de mensagens entre professora e aluno foram adicionadas aos autos, algumas contendo supostas declarações diretas sobre o relacionamento.
A estratégia de defesa da professora também trouxe à tona questões de gênero, sugerindo que o tratamento destinado a educadoras mulheres pode ser agravado por estigmas sociais e padrões de julgamento diferentes dos aplicados a homens na mesma situação.
“É um espetáculo — um ritual público que pune as mulheres não pelo que elas fizeram, mas por como são percebidas”, disse um representante da família de Formella ao jornal The Post.
“Quando homens enfrentam acusações, discutimos evidências e procedimentos. Quando mulheres enfrentam acusações, atacamos seu caráter, suas escolhas e seu valor como seres humanos”, acrescentaram. “Isso não é justiça — é perseguição baseada em gênero disfarçada de responsabilização.”
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A acusada afirma ser vítima de “escrutínio sexista” misógino e lamentou ser retratada como uma “predadora”.
As consequências para um professor acusado de crime sexual vão muito além das medidas processuais. Em geral, a legislação prevê afastamento imediato das atividades, restrições de contato com potenciais vítimas e imposição de medidas cautelares. No caso de Formella, houve determinação de manter distância mínima de 1,5 m do denunciante, uso de monitoramento eletrônico e participação obrigatória em audiências judiciais periódicas, acompanhada de familiares e do cônjuge.