Polícia
Com baixo contingente, PCMG receberá mais de 600 policiais nos próximos meses
Há quase dez anos a instituição aguardava o reforço de médicos legistas e peritos criminais.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) vai ganhar um reforço em seu contingente nos próximos meses. Neste sábado (16), foi publicada no Diário Oficial do Eletrônico do Estado de Minas Gerais (DOE) a nomeação de mais de 600 novos integrantes para a polícia judiciária mineira. A nomeação é referente ao certame realizado em dezembro de 2021.
Reforço para a polícia técnico-científica
O concurso público para preencher a vacância dos setores de perícia e medicina legal da PCMG não acontecia há quase 10 anos. O último havia sido em 2013. Depois de longos anos de abandono por parte de governos anteriores, em 2021 a PCMG conseguiu autorização para publicar o edital 02/2021 que contemplou vagas para a ciência criminal.
O documento previa convocação imediata de 21 aprovados para o cargo de perito criminal. Mais de 120 foram nomeados hoje. Outra surpresa foi a relacionada à medicina legal. O certame previa a convocação de nove médicos legistas e 46 foram convocados.
Baixo efetivo
O baixo contingente de policiais civis foi tema de todas as edições do Assembleia Fiscaliza, organizadas pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nos últimos anos.
No último dia 06 de julho, o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, delegado-geral Joaquim Francisco Neto e Silva, e o titular da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais (Sejusp-MG), Rogério Greco, foram sabatinados pela casa.
Atualmente, a instituição conta com cerca de 10 mil servidores. O número vem diminuindo a cada ano, sendo que 10 anos atrás, a Polícia Civil contava com quase 18 mil servidores. O número de servidores afeta o funcionamento de vários serviços prestados pela polícia judiciária, como o Plantão Digital e as investigações policiais. O chefe da PCMG disse, durante a sabatina da ALMG, adiantou a nomeação de 1.451 aprovados em concursos até o final de 2022. Destes, 618 são excedentes.
Para os deputados que participaram do Assembleia Fiscaliza, as entregas da instituição só serão normalizadas após o aumento do número de servidores.
Além dos 46 médicos legistas e 123 peritos, 30 investigadores, 62 delegados substitutos e mais de 370 escrivães também foram nomeados pelo governador. Após assinarem o termo de posse, farão curso para a respectiva carreira na Academia de Polícia Civil (Acadepol) e, posteriormente, devem ser designados para unidades policiais do interior do Estado.