Ciência
Bebê mais velho já registrado nasce de embrião congelado há mais de 30 anos
Casal adotou embrião congelado há mais de 30 anos para realizar o sonho de ter um filho
O nascimento de uma criança originária de um embrião congelado em 1994 se tornou um marco na história da reprodução assistida em 2025. Considerado o “bebê mais velho” já registrado, o caso ocorreu em Ohio, nos Estados Unidos, após um processo de fertilização in vitro e adoção de embriões.
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Thaddeus foi gerado a partir de um embrião congelado há mais de três décadas, tornando-se o bebê mais antigo registrado sob essa condição. Seus pais, Lindsey e Tim Pierce, buscaram alternativas após anos de tentativas frustradas para engravidar, optando finalmente pela adoção de um embrião congelado desde 1994.
A história desse nascimento está ligada à trajetória de uma família que, nos anos 1990, decidiu recorrer à reprodução assistida devido a dificuldades para conceber. Em entrevista à MIT Technology Review, a mãe do bebê disse que ela e o marido “adotaram” o embrião de uma mulher chamada Linda Archerd, que o gerou em 1994.
Daquele procedimento, à época, resultaram quatro embriões viáveis. Apenas um foi utilizado pela família original ainda naquela década, enquanto os demais permaneceram armazenados até serem disponibilizados para adoção anos depois.
Como funciona o procedimento
A criopreservação de embriões consiste na conservação de embriões em temperaturas extremamente baixas. Esse processo tem o objetivo de preservar a viabilidade celular por tempo indeterminado, possibilitando que os embriões sejam descongelados e transferidos para o útero em momentos futuros. O procedimento exige rigorosos protocolos laboratoriais para evitar danos durante o congelamento e descongelamento.
A criopreservação pode ser indicada por diferentes razões, como tratamento de fertilidade, preservação da fertilidade para pacientes que vão passar por tratamentos médicos agressivos, ou até para doação futura. No caso do bebê nascido em 2025, o embrião havia sido criado há mais de trinta anos.
Adoção de embriões
A adoção de embriões surge como alternativa para pessoas ou casais que não conseguem gerar filhos biologicamente. Nos Estados Unidos, existem programas específicos para a destinação de embriões excedentes, muitos dos quais são promovidos por organizações com orientações religiosas. O processo inclui etapas de triagem, escolha dos doadores e receptores e acompanhamento jurídico.
Os índices de sucesso podem variar, dependendo da qualidade dos embriões criopreservados, da saúde da receptora e de outros fatores clínicos. O caso do nascimento em Ohio ilustra como, mesmo após décadas, embriões podem resultar em gestações saudáveis.