Mulher inventa câncer terminal para ter próteses de silicone bancadas pelo namorado

Laura McPherson, uma britânica de 35 anos, foi condenada após fingir ter câncer terminal para enganar o namorado, Jon Leonard, de 44 anos, e fazê-lo arcar com custos de tratamentos inexistentes e de uma cirurgia de implante de silicone. O caso ocorreu em Derby, na Inglaterra, e se estendeu de março de 2017 a janeiro de 2022.

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A mulher inventou que sofria de vários tipos de câncer, incluindo de mama, ovário e cólon, e chegou a tirar fotos em uma cama de hospital, vestindo roupas de campanhas de apoio ao câncer de mama, como parte do golpe. Ela deixou que a própria filha pequena acreditasse que estava morrendo.

O namorado desembolsou cerca de 25 mil libras (178 mil reais) em supostos tratamentos e, para comemorar a “cura” da companheira, presenteou-a com um relógio Rolex avaliado em 30 mil libras (214 mil reais).

Em um dos episódios relatados, Laura afirmou que viajaria para a Clínica Mayr, na Áustria, para uma histerectomia; na realidade, ela fazia sessões de terapia holística e de perda de peso.

O golpe só foi desfeito quando Jon começou a desconfiar das versões apresentadas pela namorada e decidiu confrontá-la. No tribunal, a defesa de Laura inicialmente negou as acusações, acusando o ex de ser “controlador”.

Na última segunda-feira (6), o juiz Jonathan Straw determinou que a britânica devolva o equivalente a 220 mil reais a Jon até 5 de janeiro de 2026. “É difícil imaginar como um indivíduo pode ser tão calculista e cruel com aqueles que o amavam e cuidavam dele”, afirmou o magistrado, classificando Laura como “mentirosa perversa e desonesta”.

Após a audiência, Jon comemorou a decisão. “Finalmente acabou. Hoje marca o fim de oito anos e meio desafiadores. Ela nunca teve câncer e agora veio à tona que ela vinha inventando que tinha câncer desde que estava no ensino médio, muito antes de eu conhecê-la”, disse.

O homem comentou ainda que Laura, que ele define como “pessoa horrível, mentirosa e manipuladora”, jamais de desculpou ou demonstrou remorso.

Apesar de ter evitado a prisão, a golpista recebeu uma ordem comunitária de dois anos, deverá cumprir 30 dias supervisionada por um agente de condicional e usará tornozeleira eletrônica. Ela também está submetida a toque de recolher entre 19h e 6h, de quarta a domingo, e pode ser presa caso descumpra as medidas.