O DJ Alok apareceu na manhã desta terça-feira (10) em suas redes sociais para explicar sobre a situação de seu pai, que ainda está em Israel. O também DJ, Juarez Petrillo, tocaria no festival Universo Paralello, que foi um dos pontos atacados pelo grupo militar Hamas, no sul do país. Alok aproveitou para desmentir algumas fake news sobre a “responsabilidade” de seu pai quanto a morte de cerca de 260 pessoas na rave.
“Não vai ser fácil gravar esse vídeo. O mundo inteiro está acompanhando com profunda dor e tristeza os ataques terroristas covardes que aconteceram em diversas regiões do sul de Israel. Foi o ataque mais orquestrado e mais letal da história. O sistema de segurança de Israel não conseguiu identificar a tempo”, começou o DJ.
“O meu pai estava no evento que aconteceu um grande massacre dos terroristas, que matou mais de 260 pessoas. São terroristas covardes”, acrescentou. Segundo ele, seu pai idealizou o festival Universo Paralello que passou a acontecer em diversos países. Em Israel, a produtora local foi quem organizou a rave pela primeira vez no país, e o DJ Petrillo era apenas um contratado.
“Meu pai estava no evento, ele estava prestes a se apresentar quando começou a ter um bombardeio ali. O evento foi interrompido, e a polícia começou a evacuar, todo mundo saiu correndo. “Meu pai também saiu correndo. Ele conseguiu entrar num carro e sair de lá. O carro de trás, que estava um conhecido dele, foi baleado. Meu pai conseguiu se abrigar num bunker e ficou seguro lá”, contou Alok.
O DJ ainda afirmou que soube que seu pai estava em Israel através da internet, já que eles não mantém contato constantemente. “Eu já saí de casa faz mais de 15 anos. Infelizmente, tenho pouco convívio com meu pai. Meu pai toca também, é DJ, então está sempre viajando pelo mundo, eu também. Ele não sabe onde eu estou, também não sei onde ele está. Eu descobri que ele estava lá através da internet”, disse Alok.
“Eu até queria ter mais convívio com meu pai… Tudo o que eu queria agora é poder… Meu pai está bem, seguro. Ele chegou em Tel Aviv ontem [9] e está fazendo todo o esforço para voltar para o Brasil. Tudo o que eu quero agora é poder abraçar ele, acolher ele. Mas, infelizmente, muitas pessoas não vão poder fazer isso”, acrescentou ele.
Emocionado, o DJ disse: “Não consigo mais”. Alok também se desculpou por aparecer abalado, mas ressaltou que “ler tantos comentários absurdos e perversos é de cortar o coração”. Por fim, ele se solidarizou com as famílias atingidas pela guerra.