A Vale será obrigada a interditar três Pilhas de Estéril (PDE) da barragem da Mina de Fábrica Nova, na cidade de Mariana, por risco de ruptura.
A informação é da jornalista Edilene Lopes, na Itatiaia.
A interdição será feita pela Agência Nacional de Mineração (ANM) e 295 pessoas devem ser evacuadas de Santa Rita Durão, distrito de Mariana, considerado de risco de ruptura.
Segundo o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM), essas pessoas estão na chamada Zona de Autossalvamento (ZAS).
Ainda segundo Edilene, a Vale “inseriu um documento no Sistema Eletrônico de Informações comunicando que as pilhas de rejeitos à frente da barragem estão instáveis”.
A interdição foi assinada no último dia 10 pela Chefe da Divisão de Fiscalização de Lavra de Minas Gerais, Luciana Cabral, que decidiu “interditar e suspender de imediato as atividades de disposição de estéril de nas pilhas: PDE Permanente I, PDE Permanente II e PDE União Vertente Santa Rita (…) cujas atividades são realizadas pela empresa Vale S.A., em face da não comprovação da estabilidade das referidas pilhas, o que comprova risco iminente, ficando autorizada as atividades para restabelecimento da estabilidade das pilhas”.
Se houver algum tipo de ruptura na barragem o risco é que aconteça o mesmo transbordamento do dique da Mina Pau Branco, da Vallourec, de 2022, na BR 040.
O Jornal Aqui tenta contato com a Vale e com a Agência Nacional de Mineração.
A interdição acontece na semana em que a Justiça Federal retomou o julgamento dos acusados pelo rompimento da barragem de Fundão, também em Mariana, em 2015.
A barragem era de responsabilidade, além da própria Vale, da Samarco e da BHP Billiton.