Foto: Secretaría Distrital de Ambiente de Bogotá
embarcar em um voo com destino a São Paulo e escala no Panamá com 130 sapos venenosos na bagagem. A apreensão foi feita pela Polícia Nacional da Colômbia, que autuou a passageira pelo crime de tráfico de fauna.
Os animais, que são da espécie Oophaga histrionica, popularmente conhecidos como sapo venenoso arlequim, estavam acondicionados em embalagens plásticas de filmes fotográficos. Segundo a Secretaria do Meio Ambiente de Bogotá, os pequenos anfíbios estavam asfixiados e desidratados. Essa espécie é considerada uma das mais peçonhentas do mundo e está ameaçada de extinção.
De acordo com as autoridades colombianas, esses sapos são alvo do tráfico internacional de animais, sendo que colecionadores chegam a pagar até mil dólares por cada exemplar devido à sua beleza exótica e à sua procedência. Essa espécie é encontrada apenas nos bosques tropicais úmidos da região do Pacífico colombiano.
Durante a inspeção de bagagens no aeroporto, a polícia encontrou os 130 frascos camuflados em uma mala pertencente à brasileira. Os funcionários solicitaram à mulher a licença ambiental para o transporte de fauna silvestre, porém, ela alegou que havia recebido os sapos como presente de comunidades étnicas da região de Nariño, localizada a 800 quilômetros da capital colombiana.
Diante da quantidade de espécimes transportados e do dano considerável causado ao ecossistema, as autoridades colombianas deram início a um processo de judicialização pelo crime de tráfico de fauna. Os animais foram encaminhados para tratamento veterinário e estão em recuperação no Centro de Atenção e Valorização de Flora e Fauna Silvestre, com o objetivo de serem devolvidos ao seu habitat natural.
A brasileira foi colocada à disposição da Procuradoria-Geral da Nação, uma vez que as leis colombianas punem com rigor o tráfico de animais. Além das consequências penais, a mulher pode ser multada em até 58 milhões de pesos colombianos, o equivalente a cerca de R$ 70 mil.
