A construção de ciclovias no Barro Preto, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, tem criado um impasse entre ciclistas e comerciantes locais. Isso porque, enquanto os beneficiados pela ação da Prefeitura cobram rapidez nas obras, os moradores com comércio próximo às vias reclamam da exclusão de vagas para estacionamento rotativo de seus clientes.
Só neste ano, a previsão é que a capital mineira ganhe 12 quilômetros de ciclovia, sendo que até então já são 105 quilômetros designados para ciclistas por toda a cidade, conforme a Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans). Para Guilherme Tampieri, no entanto, a meta é que esse número aumente consideravelmente nos próximos anos.
“A prefeitura está muito longe da meta estabelecida pelo plano de mobilidade da cidade que estipulou para implementação de infraestrutura cicloviárias. A gente tem uma meta, para 2030, de mil quilômetros de ciclovias, ciclorrotas, ciclofaixas na cidade. Hoje, estamos chegando perto de 130 quilômetros”, disse integrante do grupo BH.
Segundo ele, isso faria com que a Prefeitura de Belo Horizonte se alinhasse às diretrizes de mobilidade urbana e contribuísse para a redução da emissão de gases de efeito estufa.
Por outro lado, moradores reclamam da sujeira provocada pelas obras e pelo medo de idosos ao atravessar a via devido a alta velocidade dos ciclistas. Além disso, comerciantes afirmam que não há vagas de estacionamento suficientes para atender a demanda de clientes que frequentam as diversas lojas da região.