Cidades

Criminosos sequestram ônibus e roubam passageiros no Rio de Janeiro

Em mais um episódio alarmante de violência urbana no Rio de Janeiro, dezenas de passageiros de um ônibus da Viação Nossa Senhora do Amparo foram alvo de um assalto angustiante por volta das 5h50. O incidente ocorreu quando o veículo passava nas proximidades do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), localizado em São Cristóvão, uma das áreas mais movimentadas da Zona Norte. O ônibus seguia de Maricá para o Rio.

O relato das vítimas traz à tona o terror e a tensão enfrentados durante o trajeto. Três homens, ao sinalarem para o ônibus, adentraram e imediatamente anunciaram o roubo. Como medida para evitar a detecção exterior, ordenaram que todos os passageiros fechassem as cortinas do coletivo. A situação tornou-se ainda mais preocupante quando os assaltantes desviaram o ônibus para uma favela no Complexo da Maré.

Advertisement

Assalto e Agressão no Ônibus: O Que Aconteceu?

Enquanto o veículo transitava, as vítimas vivenciaram momentos de verdadeiro pavor. Dentro da favela, as agressões físicas e o roubo se intensificaram. Uma das passageiras narrou, em estado de choque, como teve sua aliança arrancada do dedo. “Essa é a quarta vez em duas semanas que nos deparamos com esse tipo de situação. Acordamos às 4h da manhã para trabalhar e, em vez de paz, encontramos medo e violência”, desabafou.

O episódio não se encerrou apenas com a perda material. O trauma psicológico causado permanece marcante. “Nos colocaram armas na cabeça, ameaçaram-nos de morte por algo tão banal quanto um celular. Quitar a passagem e estar sujeito a essa violência é inaceitável”, completou a vítima.

Como os Assaltantes Atuam nos Ônibus do Rio?

As vítimas descrevem um modus operandi preciso e agressivo por parte dos assaltantes. Um dos indivíduos se manteve o tempo todo com a arma apontada para o motorista, enquanto os outros dois vasculhavam o ônibus. Coronhadas e gritos foram formas de intimidação utilizadas para garantir a cooperação dos passageiros.

O Medo Constante de Quem Pegou o Ônibus

A sensação de insegurança transformou a rotina dos cidadãos. Os trabalhadores que dependem do transporte público relatam medo constante. Um deles afirmou: “Eles perguntavam se estávamos dispostos a perder nossas vidas por um telefone. A sensação é de impotência, estamos nas mãos destes criminosos”.

Medidas em Discussão para Combater a Violência nos Transportes

Após a fuga dos criminosos, os passageiros e o motorista do ônibus se dirigiram à 17ª Delegacia de Polícia de São Cristóvão para registrar a ocorrência. A Polícia Militar, desde então, está em coordenação com o 4º BPM em busca de informações para capturar os responsáveis. Há intenções de se reunir com as empresas de ônibus para redefinir estratégias e prevenir novos ataques.

    • Intensificação de patrulhas: Aumentar a presença policial nas rotas de ônibus mais vulneráveis.
    • Monitoramento eletrônico: Instalar câmeras de segurança nos veículos e nas principais vias.
    • Comunicação eficaz: Criar uma linha direta entre motoristas e a polícia para rápidas respostas em caso de emergências.

O Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Rio (Setrerj) expressou sua preocupação com tais episódios de violência, destacando a necessidade urgente de medidas mais eficazes e de longo prazo para garantir a segurança de passageiros e trabalhadores.