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Cidades

Filho de Bolsonaro, Carlos é alvo na Polícia Federal nesta segunda

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Reprodução - Globo

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta segunda-feira, 29, para investigar um suposto esquema de monitoramento ilegal de autoridades públicas e outras pessoas na Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Um dos alvos da operação é Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro e vereador do Rio de Janeiro pelo partido Republicanos-RJ, de acordo com informações do blog da jornalista Andréia Sadi.

Segundo o blog, foram autorizados mandados de busca e apreensão na residência de Carlos Bolsonaro e na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Assessores também estão sendo alvo da ação da Polícia Federal. O Terra entrou em contato com Carlos Bolsonaro em busca de posicionamento sobre a operação, mas até o momento não obteve resposta.

A operação em questão recebeu o nome de “Vigilância Aproximada” e é um desdobramento da Operação Última Milha, realizada em outubro do ano passado. Na ocasião, o ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi alvo de busca e apreensão. Segundo as investigações, o parlamentar teria utilizado a estrutura da agência para realizar espionagens ilegais que beneficiavam a família do ex-presidente Jair Bolsonaro.

De acordo com a PF, a Abin teria monitorado ilegalmente ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, além do ex-presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia, a ex-deputada Joice Hasselmann e o ex-governador Camilo Santana, do Ceará, que atualmente ocupa o cargo de ministro da Educação no governo Lula, entre outras pessoas. A investigação aponta que ferramentas e serviços da Abin foram utilizados para monitorar essas autoridades sem a devida autorização judicial.

A Abin é responsável por fornecer informações estratégicas à Presidência da República para auxiliar na tomada de decisões. No entanto, segundo as investigações, a organização criminosa utilizava ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem autorização judicial para realizar as atividades ilícitas. Sob as ordens de Ramagem, sete policiais federais cumpriam as determinações, monitorando os alvos e produzindo relatórios apócrifos que eram divulgados com o intuito de criar narrativas falsas.