O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Gabriel Azevedo, sem partido, demonstrou que está apto a selar a paz com o prefeito da capital, Fuad Noman (PSD), em prol de um clima melhor entre o legislativo e executivo da cidade.
Em entrevista nesta terça-feira, 5, o vereador disse que o clima de guerra seria incentivado pela influência do secretário estadual Marcelo Aro.
“Trabalha permanentemente na prefeitura pela guerra, porque o grupo deles se beneficia da guerra. Hoje, se eu e Fuad sentarmos, Aro está fora. Por isso estimulam a guerra”, disse.
Azevedo se mostrou grato ao vereador Álvaro Damião, que presidirá a comissão processante de seu novo pedido de cassação por ter discursado contra o processo, apesar de garantir que se mantém como base da prefeitura.
Para Gabriel, o parlamentar tomou uma decisão corajosa em seu discurso nesta segunda-feira, 4.
A briga entre Marcelo Aro e Gabriel Azevedo é uma disputa política que envolve dois dos principais nomes da política mineira. Marcelo Aro é o secretário-chefe da Casa Civil do governo de Minas Gerais, enquanto Gabriel Azevedo é o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte.
A briga começou em agosto de 2023, quando Azevedo foi acusado de quebra de decoro parlamentar pela deputada federal Nely Aquino, aliada de Aro.
Azevedo negou as acusações e acusou Aro de estar por trás da denúncia. Ele disse que Aro estava tentando tirar sua influência na Câmara Municipal para colocar um aliado no cargo.
A briga se intensificou nas semanas seguintes, com os dois políticos trocando acusações e ataques. Azevedo chegou a denunciar Aro ao Ministério Público por suposto esquema de propina.