A morte de Ythallo Raphael Tobias Rosa, de 6 anos, e Benjamim Rodrigues Ribeiro, de 7 anos, após ingerirem um bombom envenenado no dia 30 de setembro, foi causada por terbufós, uma substância encontrada no chumbinho, um veneno ilegalmente utilizado como raticida.
O laudo cadavérico, realizado por legistas do Instituto Médico-Legal (IML), confirmou que o bombom consumido pelos meninos estava contaminado com o veneno clandestino, cujo uso e comercialização são proibidos no Brasil.
O trágico incidente ocorreu no bairro de Cavalcanti, Zona Norte do Rio de Janeiro, próximo a um dos acessos da Comunidade Primavera. Na tarde do dia 30 de setembro, uma mulher em uma motocicleta, usando luvas e capacete, ofereceu o bombom em uma embalagem plástica para Ythallo e seu primo.
O primo recusou, mas Ythallo aceitou o doce e mais tarde trocou um pedaço com Benjamim por um pouco de açaí.
Minutos após consumirem o chocolate, ambos os meninos começaram a se sentir mal. Eles foram socorridos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, onde Ythallo não resistiu e faleceu. Benjamim foi transferido em estado grave para o Hospital Miguel Couto, na Zona Sul do Rio, mas infelizmente também faleceu na última quarta-feira (9).
A Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) está investigando as mortes e busca identificar a mulher que entregou o bombom envenenado às crianças.
De acordo com a polícia, resíduos gástricos retirados do corpo de Ythallo durante a autópsia apresentaram grãos amarronzados, que foram analisados no laudo toxicológico. Esse dado reforçou a hipótese de envenenamento por chumbinho.