Reprodução - Globo Minas
A jornalista e ex-apresentadora da Globo Minas Iana Coimbra está processando a emissora por danos morais alegando que foi humilhada e perseguida durante sua gravidez e que chegou a apresentar o MGTV sangrando com medo de contar aos chefes após constantes abusos no canal.
O caso foi revelado pelo site Na Telinha, e confirmado pelo Jornal Aqui, que teve acesso ao processo. Segundo ela, os abusos começaram logo que entrou no canal e descobriu três meses depois que estava grávida.
Seu chefe na época teria lhe questionado se ela tinha entrado na Globo Minas já com a intenção de engravidar. Se sentindo humilhada, ela disse que tinha sofrido um aborto espontâneo apenas dois meses antes e que por isso não imaginava que iria engravidar tão cedo. Além disso ela tinha acabado de enfrentar um tratamento de câncer.
“Tinha acabado de ser contratada, bem como teria que expor sua intimidade, se sentindo constrangida de comunicar tal fato a reclamada, sendo certo que para a mulher a gravidez expõe a vida sexual da gestante que por muitas vezes sofre conotação pejorativa”, diz trecho do processo, que o Jornal Aqui também teve acesso.
Para perseguir a repórter grávida, a direção do canal teria obrigado Iana Coimbra a cobrir o Carnaval até as 4 da manhã.
“O esposo comparecia a porta da reclamada para que pudesse amamentar a bebê de madrugada dentro de veículo parado na rua. Situação horrível, humilhante e devastadora”.
Na segunda gestação, com medo de contar aos chefes e sofrer os mesmo problemas, Iana Coimbra teria apresentado o MGTV/MG2 sangrando para não ter de contar que estava grávida.
Ao contar para o chefe, teria ouvido que suas chances como apresentadora estavam menores: “Nossos planos para você mudam a partir de agora; não posso colocar uma apresentadora grávida na bancada”, teria dito o chefe.
Ainda segundo o processo, esse foi o motivo que lhe fez pedir demissão no início de 2023.
As partes tem audiência marcada para o próximo dia 21 de agosto.
