A Justiça dos Estados Unidos aceitou parcialmente o pedido da companhia aérea Gol, que exige que as autoridades investiguem as operações de sua concorrente brasileira, a Latam, que enfranta um pedido de recuperação fiscal.
A decisão foi emitida nesta segunda-feira, 12, em Manhattan, e segue uma audiência na qual o advogado da Gol, Andrew Leblanc, argumentou perante o juiz de falências dos EUA, Martin Glenn, sobre a necessidade de avaliar se as ações da Latam violavam as leis de falências do país.
Leblanc destacou que a Gol se sentia vulnerável a ataques de um concorrente no mercado.
Como resultado, o juiz ordenou que a Latam entregasse documentos relevantes e disponibilizasse três de seus executivos para serem entrevistados pelos advogados da Gol.
Além disso, Glenn expressou sua surpresa, classificando como “absurdo”, a coincidência entre o início do processo de contratação de novos funcionários pela Latam no dia seguinte ao pedido de falência da Gol.
Na semana anterior, a Gol acusou a Latam de tentar se beneficiar de sua situação de recuperação ao buscar alugar aeronaves, contratar pilotos e desencorajar agentes de viagens de reservar voos com a empresa.
A Gol afirmou ter conhecimento imediato das tentativas da Latam de adquirir arrendadores, aeronaves e pilotos logo após a petição do Capítulo 11.
A Latam decidiu emitir um comunicado público dizendo que mantém contato com várias partes do mercado e que, sim, vem conversando com os envolvidos.
Em resposta, a Latam mencionou que mantém comunicação contínua com todas as partes interessadas relevantes em questões de frota, como arrendadores e fornecedores de equipamentos e manutenção, como parte de suas operações regulares.