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Limpeza da Lagoa da Pampulha era papel da Copasa, diz ex-prefeito de BH

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Ex-prefeito de BH fala sobre responsabilidade da despoluição da Lagoa da Pampulha
Bernardo Dias / CMBH / Divulgação

O ex-prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, prestou depoimento na última terça-feira na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Municipal (CMBH) quanto aos contratos de despoluição da Lagoa da Pampulha. Abordando o tempo em que esteve na gestão da cidade, Lacerda responsabilizou a Copasa pela limpeza do cartão-postal.

Em 2009, ele assumiu a Prefeitura da capital mineira e foi reeleito no ano de 2012, ficando no cargo até 2016. Nesse tempo, ele afirmou que a despoluição da Lagoa era uma prioridade, mas que a Copasa descumpriu compromissos firmados em contrato, fazendo com que a própria Prefeitura assumisse a responsabilidade.

De 2011 a 2014, a Copasa teria se comprometido a captar 95% do esgoto despejado na Lagoa, o que não foi cumprido pela estatal mineira. “Ela disse que fez isso em 2016, mas o Ricardo Aroeira, em depoimento aqui na Câmara, disse que foi só em 2020”, declarou o ex-prefeito.

“A paralisação da licitação foi uma avaliação em não assumir custos elevados ao ter elementos de que a Copasa não estava honrando os compromissos. Mas tínhamos uma candidatura (Patrimônio da Humanidade) da cidade que iria ocorrer logo à frente e precisávamos achar uma resposta para a Unesco”, continuou ele.

Marcio Lacerda pode ser o último depoente da Comissão antes do relatório final ser elaborado e votado. Seguindo os prazos estipulados, pessoas e empresas podem ser indiciadas já no mês de julho.