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Cidades

Médico é preso por falsificar laudos para cultivo de maconha

Médico já havia sido preso em 2023 durante Operação Seeds.

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Foto de Adolfo Antônio Pires. Médico está de boné preto e sem camisa.
Grupo produzia laudos falsos de modo a justificar o plantio de maconha sob alegação de uso medicinal. Crédito: Reprodução/ Facebook

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu nesta quinta-feira (23) o médico Adolfo Antônio Pires condenado por participar de um esquema de falsificação de laudos médicos que facilitava a liberação do cultivo de maconha.

Anteriormente, em 2023, a Polícia Civil já havia prendido preventivamente Pires durante a Operação Seeds, que desmantelou o grupo criminoso. Na ocasião, a polícia também prendeu um advogado, um biólogo e uma recepcionista, acusados de extorsão, associação ao tráfico e falsidade ideológica.

De acordo com as investigações da 14ª DP (Leblon), o grupo produzia laudos falsos com diagnósticos simulados de doenças graves. Desse modo, eles justificavam, na Justiça, o plantio de maconha sob alegação de uso medicinal. Além disso, os criminosos ofereciam um “pacote completo”, que incluía o laudo fraudulento, o pedido de habeas corpus e até os insumos necessários ao cultivo das plantas. Por esse serviço, o grupo chegava a cobrar até R$ 50 mil.

Ainda segundo a polícia, o médico liderava o esquema e emitia a maior parte dos laudos falsos. Além disso, ele extorquia pacientes e familiares, exigindo pagamentos adicionais após as decisões judiciais favoráveis. Para intimidar as vítimas, Pires realizava ligações ameaçadoras e usava o medo de perda das autorizações para pressioná-las a pagar.

Por fim, as apurações identificaram dezenas de autorizações judiciais obtidas com base em laudos fraudulentos. Além disso, a investigação apontou uma possível conivência de outros profissionais da área da saúde. Logo, a Polícia Civil segue com as investigações, com o objetivo de identificar todos os envolvidos no esquema.