
Levantamento mostra impacto de programas sociais e aumento da renda do trabalho no estado | Foto: mihaly_koles / Unsplash
Minas Gerais diminuiu, em 2024, o número de pessoas em situação de pobreza e alcançou os melhores índices de ocupação desde 2012, segundo a Síntese de Indicadores Sociais divulgada nesta quarta-feira (3) pelo IBGE. A mudança ocorreu em um cenário de aumento da renda e impacto de programas sociais.
O estado passou de 4,16 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza, em 2023, para 3,58 milhões no ano passado.
A extrema pobreza permaneceu em 2,2% da população. O estudo adota critérios do Banco Mundial, que classificam como pobres os domicílios com renda inferior a R$ 695 por pessoa.
Moradores entrevistados relataram que a melhora na renda do trabalho permitiu reorganizar gastos básicos. Em áreas periféricas, trabalhadores informais afirmaram ter voltado a registrar fluxo mais estável de serviços.
A ocupação atingiu 61,7% das pessoas em idade ativa, e o desemprego caiu para 5,1%. A subutilização da força de trabalho chegou a 12,6%, menor nível da série. Entre jovens de 15 a 29 anos, o grupo que não estudava nem trabalhava recuou para 16,7%.
Trabalhadores que retornaram ao emprego formal relataram estabilidade após anos de oscilação. Em cidades do interior, jovens mencionaram que novas vagas em serviços facilitaram a retomada dos estudos.
O Índice de Gini caiu para 0,447, com influência de programas sociais e do aumento do rendimento do trabalho. Beneficiários afirmaram que o auxílio ajudou a manter despesas essenciais.
A taxa de analfabetismo recuou para 4,3%, e 19% das pessoas com 25 anos ou mais concluíram o ensino superior. Professores relataram procura maior por cursos de qualificação ao longo de 2024.