O motorista do caminhão envolvido no acidente que deixou 41 mortos na BR-116, em Lajinha, na comunidade rural de Teófilo Otoni, está com a CNH suspensa há dois anos. Ele está foragido.
Em 2022, ele havia perdido a carteira de motorista após se recusar a fazer o teste do bafômetro durante uma blitz da lei seca em Mantena. Desde então, ele estava sem autorização para dirigir.
O acidente, que envolveu um ônibus, um carro de passeio e uma carreta carregada de granito, chamou a atenção para questões de segurança viária e regras de transporte de cargas pesadas. O choque aconteceu por volta das 3h30 da madrugada, deixando dezenas de mortos e feridos e levantando questões sobre as causas do acidente.
O incidente envolveu um ônibus da empresa Emtram, que saiu de São Paulo, destinado a diversas cidades na Bahia. O transporte tinha como ponto final o município de Elísio Medrado. Após a colisão, o ônibus e os outros dois veículos foram consumidos por incêndios. Imagens capturadas por motoristas que passaram pelo local mostram o cenário devastador que se formou logo após o impacto.
A Polícia Civil investiga o acidente com destaque para o possível excesso de peso da carga transportada pela carreta. De acordo com a investigação, uma pedra de granito que estava no caminhão pode ter se soltado, contribuindo para a tragédia. As notas fiscais indicam que a carga saiu do Ceará com destino ao Espírito Santo, sugerindo falhas no manejo ou na própria logística de transporte desse material, imputando responsabilidade ao motorista do veículo de carga.
É importante ressaltar que o motorista da carreta ainda está foragido. As forças de segurança já tentaram contato, pedindo que se apresente na delegacia mais próxima.
Os esforços das forças de segurança e da perícia na BR-116 continuam focados em elucidar todas as circunstâncias do acidente. O trabalho meticuloso visa entender tanto as condições exatas que culminaram na tragédia quanto apurar responsabilidades. O objetivo é prevenir futuros incidentes dessa natureza, reforçando a segurança nas estradas e controlando o transporte de cargas pesadas.
Paralelamente, as equipes de resgate e emergência desempenharam um papel crucial no atendimento das vítimas. Até o final do dia do acidente, 11 pessoas foram recebidas nos serviços de saúde de Teófilo Otoni, divididas entre a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o hospital Santa Rosália. A colaboração entre os diferentes setores da segurança e saúde pública foi essencial para mitigar as consequências imediatas do desastre.
O acidente não apenas provocou a perda de 38 vidas, mas também deixou marcas profundas nas famílias, nas comunidades envolvidas e nos sobreviventes. Muitos dos feridos enfrentam longas jornadas de recuperação, tanto físicas quanto emocionais. A tragédia serve como um chamado à ação para todas as partes envolvidas na segurança rodoviária. Medidas rigorosas são necessárias para evitar que acidentes dessa magnitude se repitam.
Além do enfoque na segurança, há uma movimentação visando prestar apoio contínuo às vítimas e familiares, garantindo que recebam a assistência necessária durante este período tão difícil. A combinação de esforços das autoridades, juntamente com a conscientização pública, pode ajudar a enfrentar as consequências desse evento traumático, promovendo um ambiente viário mais seguro.