Cidades

Musk já disse que “vamos dar golpe em quem quisermos”

Elon Musk foi incluído no inquérito das mídias digitais do Supremo Tribunal Federal (STF) como investigado, após vários ataques públicos ao ministro Alexandre de Moraes.

O bilionário realizou ameaças de descumprimento de ordens judiciais e já usou o X/Twitter para defender que apoia o golpe de Estado em qualquer país, se isso for atingir os seus interesses econômicos. 

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Em julho de 2020, através do X/Twitter, Musk não negou que havia apoiado os Estados Unidos em um golpe na Bolívia. Pelo contrário, o CEO da Tesla afirmou que ajudou a derrubar Evo Morales para que Jeanine Añez assumisse o poder. O bilionário justificou que fez isso porque necessitava de um material usado na bateria dos carros elétricos da Tesla, o lítio. 

Um usuário do X/Twitter afirmou em post que o governo norte-americano havia organizado um golpe para derrubar Evo Morales, simplesmente para que a Tesla pudesse obter lítio do país sul-americano e Musk respondeu: “Vamos dar um golpe em quem quisermos! Lide com isso”. 

Jeanine está presa e foi condenada a 10 anos de cadeia pelo golpe. 

O lítio, um metal abundantemente encontrado em Uyuni, um deserto localizado no sul da Bolívia, constitui a maior reserva mundial deste material altamente eficiente em termos energéticos. Os países do Chile, Bolívia e Argentina juntos detêm aproximadamente 75% das reservas globais de lítio. Embora o Chile lidere como o maior produtor mundial atualmente, é a Bolívia que possui o potencial de se tornar o principal fornecedor desse valioso metal. O deserto de Uyuni, por exemplo, abriga cerca de metade de todas as reservas de lítio existentes no planeta. 

Marcos Amaral

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