No último domingo à noite, a região conhecida como Garganta do Diabo, em São Vicente, foi palco de um trágico acidente. Um grupo retornava de uma festa em uma lancha maior, quando uma embarcação menor com sete pessoas a bordo acabou afundando. O acidente resultou no desaparecimento de duas mulheres, enquanto outras cinco pessoas foram resgatadas com sucesso.
O tenente Pedro Felipe Pedroza, do Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar), informou que várias embarcações estão empenhadas nas buscas pelas vítimas desaparecidas. Entre as embarcações utilizadas nas buscas estão duas do Corpo de Bombeiros, duas do policiamento ambiental e uma da Marinha do Brasil.
Aline Tamara Moreira de Amorim, de 37 anos, é uma das mulheres desaparecidas. Residente de São Paulo, Aline estava na festa com duas amigas e compartilhou fotos nas redes sociais antes do incidente. Segundo seu irmão, Anderson Carlos Moreira de Amorim, Aline não sabia nadar e tem um filho de 17 anos que acompanha as buscas em São Vicente.
Beatriz Tavares da Silva Faria, de 27 anos, é a outra desaparecida. Também moradora de São Paulo, Beatriz conheceu Aline e suas amigas durante a festa na embarcação. Ambas estavam celebrando um momento que terminou em tragédia.
Os sobreviventes foram resgatados rapidamente e quatro deles foram levados ao Pronto-Socorro Central de São Vicente para avaliação médica pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Uma das vítimas recusou atendimento médico.
Imediatamente após o acidente, autoridades locais, incluindo o Corpo de Bombeiros e a Marinha do Brasil, mobilizaram-se para atender a ocorrência. Diversas embarcações foram enviadas ao local para auxiliar nas buscas e no resgate dos sobreviventes.
A Marinha do Brasil anunciou a abertura de um inquérito administrativo para investigar as causas e responsabilidades pelo naufrágio. A instituição também afirmou que não houve registro de poluição hídrica como resultado do acidente.
A Garganta do Diabo, situada entre a Ilha Porchat e o Parque Estadual Xixová-Japuí, é conhecida por suas ondas fortes e correntezas, atraindo muitos surfistas, mas oferecendo perigos significativos para navegação. A região tem uma rica história, sendo um local por onde acredita-se que as caravelas de Martim Afonso passaram durante a fundação da Vila de São Vicente.
O recente naufrágio reforça a necessidade de precauções rigorosas ao navegar em áreas conhecidas por suas condições adversas. A utilização de embarcações apropriadas e a observância das condições meteorológicas são fundamentais para evitar tragédias como essa. A comunidade local aguarda com esperança o desfecho positivo das buscas pelas duas mulheres desaparecidas, trazendo alívio às suas famílias e amigos.