Ciência
Novo vírus transmitido por carrapatos é detectado e assusta
Pesquisadores chineses descobriram um novo vírus transmitido por carrapatos que pode afetar vários órgãos humanos, incluindo o cérebro, com pelo menos 20 casos confirmados na China e Mongólia.
Uma nova ameaça viral foi identificada por cientistas chineses e divulgada na quarta-feira (4/9) no prestigiado New England Journal of Medicine.
O vírus, denominado vírus das zonas úmidas (WELV, pela sigla em inglês), é transmitido por carrapatos e pode impactar diversos órgãos humanos, inclusive o cérebro e o sistema nervoso central.
- Estrela do OnlyFans que diz ter saído com 250 alunos revela ser transgênero
- Conor McGregor é condenado a pagar R$ 1,4 mi após acusação de estupro
- ‘Terceira Guerra Mundial já começou’, alerta ex-chefe militar ucraniano
- Pela primeira vez, mulheres mais alta e mais baixa do mundo se encontram
- Porta-voz russa atende ligação durante coletiva e recebe ordem para “calar a boca”
O estudo revelou que o WELV é transmitido por cinco espécies diferentes de carrapatos, com a Haemaphysalis concinna sendo a mais prevalente entre elas.
A pesquisa surgiu após um caso específico em junho de 2019, quando um homem de 61 anos foi admitido em um hospital de Jinzhou, na China. O paciente apresentava febre persistente e disfunção de múltiplos órgãos após ter sido picado por um carrapato em um parque de pântanos na Mongólia.
A suspeita inicial de uma infecção bacteriana foi descartada, uma vez que os antibióticos não tiveram efeito sobre seus sintomas.
Sequenciamento revela novo Orthonairovirus
Testes de sequenciamento identificaram a presença de um orthonairovirus desconhecido, o WELV. Este vírus foi encontrado não apenas em carrapatos, mas também em ovelhas, cavalos e porcos na região norte da China, após um extenso estudo que examinou aproximadamente 14,6 mil carrapatos.
Além disso, foram reportados mais de 20 casos de infecção por WELV na China e na Mongólia. Os pacientes, que apresentavam sintomas como febre persistente, tontura, dor de cabeça, mal-estar, dor muscular, artrite e dor nas costas, foram hospitalizados e tratados.
Alguns também exibiram manchas marrom-arroxeadas e inchaço das glândulas, com um paciente desenvolvendo sintomas neurológicos.
Respostas e vigilância
Todos os pacientes receberam tratamento adequado e foram liberados do hospital após um período de quatro a 15 dias. “Conduzimos vigilância ativa baseada em hospital para determinar a prevalência de infecção por WELV entre pacientes febris com histórico de picadas de carrapatos”, afirmaram os pesquisadores no artigo científico.
O estudo foi apoiado pela Fundação Nacional de Ciências Naturais da China e pelo Fundo de Inovação para Ciências Médicas da Academia Chinesa de Ciências Médicas