O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, revelou em entrevista ao jornal Globo que o plano dos invasores golpistas que ocorreram em 8 de janeiro de 2023 era prender e enforcar o ministro após o golpe.
Os atos também resultaram em depredações na sede dos Três Poderes em Brasília.
Segundo Moraes, havia três planos. O primeiro previa que as Forças Especiais do Exército o prenderiam em um domingo e o levariam para Goiânia.
No segundo plano, eles se livrariam do corpo no meio do caminho para Goiânia, ou seja, não seria apenas uma prisão, mas um homicídio.
Já o terceiro plano, defendido pelos mais exaltados, propunha que, após o golpe, o ministro deveria ser preso e enforcado na Praça dos Três Poderes.
O ministro ressaltou a agressividade e ódio dessas pessoas, que não conseguem diferenciar sua pessoa física da instituição. Ele afirmou que já esperava algo assim, considerando a postura criminosa dos golpistas. Apesar disso, Moraes manteve a tranquilidade, pois tinha muitos processos para se preocupar com tais ameaças.
Após o ocorrido, Moraes tomou algumas decisões importantes. Ele destacou as prisões do então secretário de segurança Anderson Torres e do comandante geral da Polícia Militar Fábio Augusto Vieira como medidas para evitar um efeito dominó em outros estados.
O ministro também optou pelo afastamento do governador do DF Ibaneis Rocha, com o objetivo de evitar a possibilidade de apoio de outros governadores a movimentos golpistas.
Moraes apontou como grande erro das autoridades o fato de terem permitido que os manifestantes acampassem em frente aos quartéis do Exército ao longo do ano passado.
Para ele, isso configura um crime e não há mais dúvidas sobre isso. O dia 8 de janeiro foi considerado o ápice desse movimento, sendo uma tentativa final de reverter o resultado legítimo das urnas.