Cidades

ONU diz que Gaza tem 1 chuveiro a cada 700 pessoas e 150 dividem 1 banheiro

A situação humanitária na Faixa de Gaza atingiu um nível alarmante, com mais de 1,7 milhão de pessoas deslocadas internamente e quase 900 mil abrigadas em locais administrados pela Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA).

Esses números foram divulgados em um relatório recente da ONU, que ressalta a superlotação como uma das principais causas da disseminação de doenças, como as respiratórias agudas e a diarreia.

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Os dados são alarmantes e mostram que em Gaza as pessoas estão com condições sub-humanas para sobreviver à guerra e aos ataques de Israel.

O relatório revelou que as condições sanitárias são precárias nos abrigos, com apenas um chuveiro para cada 700 pessoas e um banheiro para cada 150 pessoas.

Além disso, há uma escassez preocupante de colchões e leitos médicos, o que dificulta o atendimento às necessidades da população que requer cuidados especiais.

Segundo estimativas do relatório, mais de 15% dos deslocados internos possuem algum tipo de deficiência, no entanto, a maioria dos abrigos não está adequadamente equipada para atender às suas necessidades.

Falta de combustível e de comida em Gaza

Além dos problemas relacionados à superlotação nos abrigos, a Faixa de Gaza também enfrenta dificuldades no fornecimento de combustível. Inicialmente, Israel proibiu a entrada de combustível pela fronteira entre Rafah e o Egito, porém, agora está autorizando a entrada de pequenas quantidades desse insumo na região. O combustível é essencial para o funcionamento dos equipamentos de filtragem de água e dos geradores em hospitais e abrigos.

Outra consequência preocupante dessa crise humanitária é a necessidade imediata de alimentos.

Os agricultores da região estão sendo forçados a abater seus animais por falta de forragem, o que representa uma ameaça adicional à segurança alimentar, levando ao esgotamento dos ativos produtivos.

Fhilipe pelajjio

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