O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, deu uma declaração curiosa ao falar sobre a linguagem usada pelo judiciário brasileiro, que é conhecido por ter palavras em latim e expressões que dificilmente serão entendidas por pessoas comuns, o que afasta a Justiça do cidadão.
Durante uma palestra para os alunos de direito da Puc-SP, o ministro do STF defendeu uma linguagem mais acessível e comparou os termos usados hoje com o livro de posições sexuais indiano Kama Sutra:
“Nós já temos problemas graves no Direito, que é por vezes uma terminologia muito esquisita. Nós somos capazes de dizer coisas do tipo: no aforamento, havendo pluralidade de enfiteutas elege-se um cabecel. É feio demais. Já temos embargos infringentes”, disse.
Em seguida, Barroso disse: “Tem mútuo feneratício. Me perdoem, mas parece uma posição do Kama Sutra. Tem que parar com esse negócio de achar que quem fala complicado é inteligente”.
Para Barroso, as interferências dos militares nas eleições de 2022, expuseram as forças a um papel constrangedor:
“Desde 1988, as Forças Armadas tiveram um comportamento exemplar no Brasil, de não ingerência ou interferência, de cumprir suas missões constitucionais (…) Porém, foram manipulados e arremessados na política por más lideranças. Fizeram um papelão no TSE. Convidados para ajudar na segurança e dar transparência, (os militares) foram induzidos a ficarem levantando suspeitas falsas. Quando a lealdade é um valor que se ensina nas Forças Armadas”