Cidades

Procon interdita galpão com 15 mil litros de cachaça falsificada

Cerca de 15 mil litros de cachaça sem procedência legal foram encontrados em um galpão situado no Bairro Martins, em Uberlândia, em Minas Gerais. A operação foi conduzida por fiscais do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon), que identificaram a ausência dos selos do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) e do Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) nas bebidas.

Condições de Higiene e Produção Irregulares

Segundo o Procon, o galpão localizado na rua Arthur Bernardes operava de forma irregular, realizando o envase e a distribuição das bebidas sem condições de higiene adequadas. O superintendente do Procon, Egmar Ferraz, relatou que a equipe encontrou indícios de contaminação nos galões usados, com sujeira visível que poderia comprometer a saúde do consumidor.

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Investigação e Ações Futuros

A operação que levou à descoberta do galpão teve origem em outras fiscalizações em estabelecimentos comerciais, onde foram encontrados produtos rotulados como cachaça, mas sem identificação legal. A partir de informações fornecidas por comerciantes que adquiriam as bebidas, o Procon conseguiu localizar o galpão infrator. As bebidas eram envasadas e distribuídas de forma irregular.

Com a interdição do local, a situação agora está sob investigação da Polícia Civil, que conduzirá o inquérito criminal. As bebidas encontradas serão lacradas e devidamente descartadas após o encerramento das apurações. Além disso, o estabelecimento enfrentará penalidades administrativas, incluindo autuação e possíveis multas.

Impacto e Responsabilidade dos Compradores

Durante a fiscalização, cerca de cinco diaristas foram encontrados trabalhando no local, estando em seu primeiro dia de serviço, segundo relatos. Todos foram dispensados após a tomada das devidas providências legais. O Procon ressaltou que as consequências legais não se limitam ao galpão; comerciantes que compraram essa cachaça sem comprovação de origem também estão sujeitos a penalidades.

De acordo com Egmar Ferraz, “quem compra um produto sem origem, assume para si o risco dessa comercialização”, destacando a responsabilidade compartilhada e a importância de garantir a procedência dos produtos comercializados. As autoridades continuam vigilantes, buscando assegurar a proteção do consumidor e a legalidade nas práticas comerciais da região.