A IQAir, uma empresa suíça de tecnologia de qualidade do ar, apontou São Paulo entre as cidades com piores índices de qualidade do ar (Reprodução)
São Paulo está entre as cidades mais poluídas do mundo neste momento, com níveis altos de poluição, segundo dados de plataformas como a IQAir, que mostra variações consideráveis.
A IQAir, uma empresa suíça de tecnologia de qualidade do ar, aponta São Paulo entre as cidades com piores índices de qualidade do ar. Vale ressaltar que o ranking inclui apenas 120 “grandes cidades” ao redor do mundo. Atualmente, o índice de São Paulo está em 155 IQA, considerado “insalubre”. Apenas Addis Ababa, na Etiópia, tinha qualidade pior, às 12h desta terça-feira, 10, com 164 IQA.
Em Belo Horizonte, o índice estava em 74 iQA, considerado moderado, de acordo com o IQAir.
Nesta segunda-feira, São Paulo obteve um Índice de Qualidade do Ar (IQA) de 160, colocando-a na segunda posição do ranking junto a Lahore, que ficou em primeiro lugar com um IQA de 169. Outras grandes cidades que também apareceram no ranking incluem Dubai, Addis Abeba e Jacarta.
A palavra-chave “Qualidade do Ar em São Paulo” é medida por diversas plataformas que utilizam diferentes indicadores. A IQAir, por exemplo, usa uma escala de cores para medir o IQA, que varia de Bom (0-50) a Extremamente Perigoso (301-500). No entanto, é importante lembrar que esses dados não abrangem todas as cidades do mundo e são apenas uma representação de um grupo seleto de metrópoles.
Além da IQAir, outra plataforma, esta da empresa indiana Purelogic Labs, posicionou São Paulo na 29º posição. Cidades como Al Qurayyat (Arábia Saudita) e Rameswaram (Índia) apareceram antes de São Paulo nesse ranking. Isso ocorre porque essas plataformas utilizam bases de dados diferentes e não são mantidas por órgãos oficiais.
A plataforma também sinaliza que Porto Velho e Rio Branco têm uma pior qualidade do ar do que São Paulo, indicando que a situação se agrava no interior do Brasil.
De acordo com Marco Aurélio de Menezes Franco, professor do departamento de Ciências Atmosféricas da USP, a medição da qualidade do ar no Brasil é limitada devido à cobertura deficiente. Para determinar se uma cidade é a mais poluída do mundo, seria necessário analisar as médias dos índices ao longo de um período.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) usa um banco de dados que compila medições anuais de concentração de poluentes, como dióxido de nitrogênio (NO2) e partículas de poeira (PM10 e PM2.5). Esses dados representam a média das concentrações numa cidade ou região, e não para estações individuais.
A fumaça das queimadas, que frequentemente encobre cidades do Norte, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil, é composta por esses poluentes, todos altamente prejudiciais à saúde.
Segundo o Ministério da Saúde, algumas recomendações importantes incluem aumentar a ingestão de água, reduzir o tempo de exposição ao ar poluído e utilizar máscaras adequadas. Crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem ter atenção redobrada.
A qualidade do ar em São Paulo é um problema complexo que exige uma abordagem abrangente e contínua. É crucial monitorar e aplicar medidas preventivas para mitigar os impactos à saúde da população.
