Um dos donos das empresas que vão realizar a prova da Stock Car em Belo Horizonte, o empresário e ex-presidente do Atlético, Sérgio Sette Câmara, que também é pai de um piloto de automobilismo, disse haver uma “incoerência” com as críticas quanto ao barulho causado pela corrida.
Durante uma entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira, 1, na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas de BH (CDL-BH), ele disse que outros eventos e obras na cidade também tinham poluição sonora e que cortaram árvores:
“Está havendo uma incoerência muito grande. Essas pessoas que lideram alguns movimentos contrários ao evento são as mesmas que estavam no Carnaval, em cima de trios elétricos, fazendo barulho na frente de hospitais. Não tem impacto? Algumas delas, até, participaram de decisões — ou apoiaram projetos — que desaguaram na supressão de indivíduos arbóreos (árvores). Quantas árvores foram retiradas para fazer nosso BRT (Move)? Mais de 200”, disse.
Segundo ele, movimentos populares como o Carnaval e a Parada LGBTQIA+ também causam transtornos para a cidade:
“O carnaval causa impactos? Causa. Há impactos sonoros e tem a poluição – depois que termina um bloco, tem uma quantidade enorme de lixo a ser recolhido. Outro grande evento, que acho super importante e que também coloca Belo Horizonte em evidência é a parada LGBT. Não tem de fechar ruas? Não tem barulho e lixo? Isso também causa impacto ambiental. A Stock Car tem impactos sonoros e lixo. É a mesma coisa. Não tem tanta diferença assim”.
Para ele, agentes políticos estão procurando ganhos eleitorais com a polêmica da prova de rua na capital:
“Pegaram a Stock Car e quiseram politizar. Não podemos esquecer que estamos em um ano político. Estão pegando o evento, que dá muita visibilidade, para querer aparecer”.