Um acidente fatal ocorrido na noite de domingo, 27 de outubro, comoveu a cidade de Ampére no sudoeste do Paraná. A tragédia envolveu um socorrista do Corpo de Bombeiros que, ao chegar no local para prestar atendimento, descobriu que as vítimas fatais eram seu irmão e sua cunhada. O caso trouxe à tona a complexidade emocional enfrentada por profissionais de emergência em situações limites.
A colisão ocorreu por volta das 19h na rodovia PR-281. De acordo com informações fornecidas pela Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o carro em que o casal estava foi atingido por uma caminhonete enquanto realizava uma manobra na saída da PR-281 para entrar na PR-182. O impacto fez com que os veículos envolvidos perdessem o controle, colidindo em outro automóvel antes de caírem em um barranco cerca de 50 metros adiante.
As vítimas foram identificadas como Paulino Gonçalves de Oliveira, de 58 anos, e Janete Matias dos Santos, de 51 anos. Paulino trabalhava como vigia em uma creche local, enquanto Janete era conhecida por sua dedicação como cozinheira em uma escola estadual de Ampére. Após o trágico incidente, a cidade entrou em luto oficial de três dias, uma demonstração do impacto profundo causado na comunidade local.
Testemunhas relataram que o acidente foi resultado de um momento inesperado. Os veículos envolvidos, ao se chocarem, atravessaram canteiros e colidiram em um terceiro carro. Apesar da aparente gravidade do cenário, os ocupantes da caminhonete, um casal e uma criança de oito anos, sofreram apenas ferimentos leves e puderam ser resgatados. Já no terceiro veículo, tanto o motorista quanto a criança que o acompanhava saíram ilesos.
A situação foi particularmente difícil para o socorrista que, ao reconhecer os próprios familiares entre os mortos, precisou ser amparado por colegas. Outros socorristas foram chamados para ajudar no atendimento, demonstrando a solidariedade e o apoio mútuo essencial nesses momentos de dor intensa. Enquanto isso, as causas do acidente continuam a ser investigadas pelas autoridades competentes.
A notícia das mortes gerou uma onda de tristeza entre os habitantes de Ampére. As instituições onde o casal trabalhava emitiram notas de pesar, lamentando a perda dos colaboradores queridos. O decreto de luto oficial por parte da Prefeitura refletiu a comoção generalizada e o reconhecimento da contribuição do casal para a comunidade.