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Voluntário do RS espalha Fake News na Globo e Patrícia Poeta desmente ao vivo

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Patrícia Poeta entrevista voluntário no RS que espalha Fake News
Reprodução/TV Globo

Durante o programa Encontro desta quinta-feira (9), o voluntário Gabriel, residente no Rio Grande do Sul, causou um momento de controvérsia ao transmitir uma informação falsa ao vivo na Globo, durante uma entrevista conduzida por Patrícia Poeta. Entre suas observações, Gabriel expressou algumas insatisfações e acusou o governo de recusar ajuda internacional para lidar com a catástrofe. O governo federal, em resposta, entrou em contato com a produção do programa para esclarecer e desmentir o boato.

No primeiro segmento do programa, Patrícia convidou Gabriel para discutir um tema considerado importante, mas o voluntário optou por desviar do assunto proposto, optando por ler uma lista compartilhada no grupo de WhatsApp de voluntários.

Gabriel iniciou: “Tem alguns pedidos importantes aqui que o pessoal está levantando. A primeira coisa é questão de agradecimento, várias pessoas de fora vieram ajudar, e está sendo muito nobre a questão da ajuda de vários estados. Paraná, Santa Catarina, São Paulo. Outros também. A gente está notando a falta de água potável, em todos os lugares”.

“A gente viu que foram dispensadas ajudas internacionais, inclusive do Uruguai. Questão de liberar dinheiro para a população, a gente está com um problema grave, as pessoas não têm residência, não têm o que fazer…”, disparou ele. Patrícia tentou interrompê-lo. 

“A situação é grave. E agora…”, disse ela, que sofreu uma intromissão do voluntário. “O governo não está liberando ajuda emergencial nos mesmos moldes que foi o auxílio emergencial dos anos de pandemia. Tá sem agilidade, fraqueza total. Não tem segurança nos abrigos”, denunciou ele.

“As pessoas estão sendo agredidas nos abrigos. Isso tá muito perigoso. Em Canoas, teve uma facção que invadiu um dos abrigos”, afirmou. Patrícia tentou novamente interrompê-lo. “A lista é grande, mas o que eu queria contar para vocês aqui…”, tentou intervir, mas Gabriel continuou falando por cima dela.

“Canoas está barrando a entrada de alimentos que não venham pela prefeitura de Canoas. Isso é grave. Não tem plano de contingência de domicílios, já deveria ter sido pensado. E a gente precisa de um plano de profilaxia para leptospirose, porque essa água é imunda”, reclamou ele.

Em certo momento, a jornalista consegue realizar a pergunta: “A lista é grande. Isso é tudo no grupo de voluntários deles. Mas o que eu queria contar exatamente é o seguinte: foi feito um pedido para que, em Canoas, vocês fossem retirar os corpos. Tem muitos corpos em Canoas, é isso?”

“É, o pessoal do grupo de veteranos comentou que estão retirando corpos. Aqui no nossos grupos de resgate pediram para retirar corpos também de pessoas que morreram na enchente. Muitas pessoas estão querendo ficar nos imóveis por risco de saque, por medo. Ou por algum outro tipo de medo, e não estão querendo sair para serem resgatadas”, apontou ele.

“Ou seja, são vários problemas ali na região de Canoas. O que me tocou demais, quando eu cheguei aqui de manhã, foi exatamente isso. Ele me mostrou as imagens, não posso mostrar para vocês aí de casa, de corpos que precisam ser resgatados em Canoas. Mas o foco agora é salvar vidas, então depois o pessoal pretende ir lá ajudar também neste trabalho”, explicou Patrícia.

Governo desmente Fake News

O governo federal entrou em contato com a produção do Encontro para desmentir as declarações feitas pelo voluntário sobre a recusa de ajuda internacional durante a situação de calamidade no Rio Grande do Sul.

Patricia começa dizendo: “Agora há pouco, não sei se você de casa está lembrado, no primeiro bloco eu conversei com o voluntário Gabriel, que deu uma lista de coisas e pedidos. Um desses pedidos ele dizia assim: “O governo federal brasileiro negou a ajuda do governo do Uruguai””

A apresentadora finalizou: “O governo federal procurou a nossa produção, dizendo o seguinte: ‘Não é verdade, o governo do Uruguai mandou um helicóptero. Toda ajuda é bem-vinda’. Então, fica o direito de resposta do governo federal, a gente escuta todos os lados. Esse é o jornalismo correto”.

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