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Zema concorda em dar empresas mineiras pro governo federal para pagar dívidas

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O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, do partido Novo, está em Brasília para tentar resolver de alguma forma a dívida bilionária do estado com a União e sua gestão está considerando a proposta de transferir o controle das empresas estatais do estado para o governo federal.

Essa medida tem como objetivo diminuir o valor da dívida pública mineira, que atualmente está em torno de R$ 160 bilhões.

Zema está em Brasília hoje para discutir essa questão em reuniões com autoridades. Ele se encontrou anteriormente com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do PSD, e ainda terá um encontro com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, do PT.

A ideia de federalizar empresas estatais como a Codemig, Cemig e Copasa, das quais o governo de Minas possui controle acionário, foi apresentada pelo senador como uma alternativa ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que vem sendo defendido pela administração de Zema desde o início de seu mandato.

Nas últimas semanas, com a tramitação da proposta que busca autorização dos deputados estaduais para que o estado de Minas adira ao RRF, outros atores entraram na discussão.

Há cerca de uma semana, Pacheco se reuniu com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Tadeu Martins Leite, do MDB, para debater sobre o assunto. Ambos criticaram o plano de Zema ao afirmar que ele prejudica os servidores públicos e não resolve o problema da dívida. De acordo com estimativas sobre o Plano de Recuperação Fiscal, apesar dos nove anos de duração – em que o estado teria condições mais favoráveis para pagar as prestações da dívida – o débito aumentaria de R$ 160 bilhões para R$ 210 bilhões.

Outra figura que também se envolveu na discussão foi o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do PSD. Sendo o único mineiro na Esplanada dos Ministérios, o ministro participou de uma reunião nesta terça-feira com Pacheco, Tadeu Martins Leite e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT.

O ministro expressou confiança em encontrar uma solução e afirmou que só haverá uma saída para o problema da dívida do estado por meio de um esforço conjunto, mas criticou Zema por demorar em estabelecer diálogo com o governo federal.

A proposta de federalizar empresas estatais em Minas Gerais é vista como uma alternativa inovadora para enfrentar a crise financeira do estado.

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