O Cometa Lemmon registrado em 17 de setembro de 2025. Crédito: Wikimedia/Domínio Público
O cometa C/2025 A6 Lemmon, descoberto em janeiro de 2025 no observatório Mount Lemmon, no Arizona (EUA), está se aproximando da Terra. Dessa forma, durante os dias 27 e 28 de outubro, o corpor celeste poderá ser observado pelo Brasil. Além disso, o Lemmon é um fenômeno raro, uma vez que ele se afastará da Terra e só retornará em cerca de 1.300 anos.
O cometa alcançou sua maior aproximação com a Terra na última terça-feira (21), quando ficou a cerca de 90 milhões de quilômetros do planeta. Essa aproximação marca o ponto de máxima visibilidade do corpo celeste, já que a luz solar reflete com mais intensidade em sua superfície gelada.
Embora as pessoas tenham dificuldade para vê-lo a olho nu, elas podem capturá-lo em fotos com longas exposições, apontando a câmera para o céu ocidental cerca de uma hora após o pôr do sol, informou o Observatório Astronômico Nacional do Japão.
O astrônomo Gabriel Rodrigues Hickel explicou que, apesar de o cometa estar mais visível no Hemisfério Norte, o Brasil também pode observá-lo logo após o pôr do sol. Nessa ocasião, o corpo celeste aparecerá próximo aos planetas Mercúrio e Marte e à estrela Antares, na constelação de Escorpião.
A passagem do cometa Lemmon coincide com a chuva de meteoros Orionídeos, que ocorre entre 2 de outubro e 7 de novembro de 2025, e atinge seu pico nos dias 21 e 22 de outubro. Durante esse espetáculo celeste, pequenas partículas atingem a atmosfera terrestre em alta velocidade e produzem os riscos luminosos que chamamos de “estrelas cadentes”.
O fenômeno acontece porque a Terra cruza os fragmentos que o cometa Halley deixa em sua órbita. Esse cometa visita a região próxima ao planeta a cada 75 anos e voltará a ser visível da Terra em 2061.