A Grande Mancha Vermelha é um dos fenômenos mais marcantes de Júpiter e exemplifica a força e complexidade do clima em outros planetas
Astrônomos observam uma das maiores tempestades já registradas no Sistema Solar há séculos, a Grande Mancha Vermelha, em Júpiter. O fenômeno é um anticiclone, ou seja, um sistema de altíssima pressão que gira no sentido anti-horário no Hemisfério Sul do Planeta e impressiona pelas proporções.
Leia também:
A mancha foi descoberta há mais de 350 anos e é capaz de abrigar três Planetas Terras lado a lado. Atualmente, ela continua colossal, mas se reduziu a um tamanho equivalente a um Planeta Terra e meio. Mesmo com o encolhimento, cientistas e pesquisadores ressaltaram que a tempestade segue ativa e não dá sinais de desaparecer por completo.
Já na Terra, furacões se dissipam ao encontrar o continente, porque o atrito com a superfície sólida drena a energia. Porém, em Júpiter esse mecanismo não existe. No entanto, como o planeta é classificado como um gigante gasoso, sem superfície sólida, a tempestade permanece flutuando sobre um oceano de gases, sem barreiras naturais que a enfraqueçam.
Além disso, outro fator que contribuiu para a longevidade do fenômeno é o calor interno do planeta, que pode estar alimentando a tempestade de baixo para cima. As correntes de jato que circundam a mancha movem-se em direções opostas ao norte e ao sul, ajudando a estabilizar a rotação e isolá-la de outras perturbações atmosféricas.