Novas imagens indicam que o vulcão pode estar apenas adormecido, com potencial de criar bolsões de água líquida subterrânea
O Monte Olimpo, maior vulcão já identificado no Sistema Solar, localizado em Marte, pode não estar extinto como se acreditava. Pesquisas recentes indicam que a formação estaria apenas “adormecida”.
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Imagens em alta resolução foram analisadas por cientistas que revelaram fluxos de lava com apenas alguns milhões de anos, ou seja, período considerado recente em termos geológicos. A descoberta sugere que o Monte Olimpo, com 27 km de altura e 600 km de diâmetro, pode ter registrado erupções em uma escala de tempo próxima.
A possibilidade dessas atividades vulcânicas em Marte têm implicações diretas para estudos sobre a presença de água no Planeta. Devido que, o calor liberado em erupções poderia derreter o gelo subterrâneo, assim, criando bolsões temporários de água líquida, que é uma condição fundamental para a existência de vida.
O Monte Olimpo é tão extenso que quem estivesse na base dele não veria o cume. O tamanho do vulcão impressiona em comparação com lugares da Terra, como, por exemplo, o Monte Everest, na Ásia, a maior montanha do planeta, que tem 8,8 km de altura, ou seja, três vezes menor que o vulcão marciano. Já a base do vulcão cobre uma área equivalente à da França, cerca de 600 km de diâmetro.
As novas evidências reforçam a importância de missões espaciais voltadas à investigação do planeta vermelho. Entender a atividade geológica de Marte pode ajudar a responder se o planeta já teve, tem ou ainda pode ter condições habitáveis.