A “Superlua do Castor” vai iluminar os céus amanhã – a última Superlua que veremos até o ano que vem. O Dia da Proclamação da República, feriado em todo o país, será marcado especialmente para os admiradores da astronomia.
O evento recebe o nome de Lua do Castor já que os castores iniciam a construção das suas “represas” neste período do ano. O fenômeno também é conhecido como Lua Congelante.
O termo “Superlua” tem ganhado popularidade nos últimos anos, sendo usado para descrever uma Lua cheia que ocorre quando o satélite está mais próximo da Terra. Esse fenômeno acontece devido à órbita elíptica da Lua, que faz com que sua distância até o nosso planeta varie. Quando essa aproximação (perigeu) coincide com a Lua cheia, temos o que muitos chamam de Superlua.
A atração por este evento é grande tanto pelo público quanto pelos astrônomos amadores, pois a Lua parece maior e mais brilhante do que o usual. Isso ocorre porque, estando mais próxima da Terra, a sua luminosidade aumenta. Contudo, a definição de uma verdadeira Superlua ainda está longe de um consenso na comunidade científica.
A origem da palavra “Superlua” está mais ligada à astrologia do que à astronomia, o que causa certo desconforto entre alguns cientistas. Na astronomia, o termo técnico utilizado é “perigeu-sizígia”. Esta denominação destaca a posição que a Lua atinge em sua órbita, sem promover espetáculo ou mistério. Enquanto a imprensa e o público abraçam a ideia da Superlua, a ciência mantém um pé atrás.
Além disso, há divergências sobre o quão próximo a Lua precisa estar da Terra para ser considerada uma Superlua. Algumas definições sugerem que isso ocorre quando a Lua cheia está a menos de 360.000 quilômetros de distância, enquanto outras adontam critérios menos rígidos. Na prática, cada evento é único e analisado de forma independente.
Embora visualmente impressionante, a Superlua não apresenta um fenômeno celestial único ou raro. Em termos científicos, todas as Luas cheias têm uma combinação própria de brilho e proximidade. O que muitos observadores veem como um aumento significativo no tamanho e no brilho, em comparação com uma Lua cheia comum, pode ser amplificado por fatores atmosféricos ou por expectativas culturais.
Curiosamente, as diferenças entre uma Superlua e uma Lua cheia regular podem ser mínimas. O aumento no tamanho percebido chega a ser de até 14%, enquanto a luminosidade pode parecer até 30% maior. No entanto, o olho humano nem sempre consegue discernir essas mudanças de maneira significativa sem um ponto de referência claro.
Pessoas ao redor do globo costumam organizar eventos e observações especiais durante uma Superlua. Em muitos lugares, clubes de astronomia e observatórios abrem suas portas para o público, oferecendo telescópios e guias para uma melhor apreciação do evento. Essas atividades ajudam a aumentar o interesse popular pela astronomia.
A cidade de Nova York, por exemplo, frequentemente vê multidões se reunirem em espaços públicos como o Central Park, enquanto pontos turísticos como o Cristo Redentor no Rio de Janeiro oferecem vistas icônicas para a Superlua. Essas imagens ganham as redes sociais, espalhando a popularidade do fenômeno para além dos aficionados por astronomia.
A previsão de uma Superlua depende de cálculos astronômicos precisos. Com base no alinhamento orbital, cientistas são capazes de prever com antecedência quando a Lua cheia coincidirá com sua aproximação máxima da Terra. Calendários lunares podem ajudar os entusiastas a se prepararem, programando eventos e observações.
Normalmente, existem de duas a quatro Superluas por ano. Contudo, nem todas recebem a mesma atenção. As Superluas que ocorrem durante períodos de clima desfavorável ou em locais com poluição luminosa intensa, como grandes cidades, podem não ser tão celebradas quanto aquelas vistas em céus mais limpos.