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Templo milenar é destruído por incêndio na Coreia do Sul

O que levou mais de mil anos para ser construído desapareceu em menos de trinta minutos. Assim foi o fim do templo budista Unramsa, um dos mais antigos da Coreia do Sul, consumido pelas chamas de um incêndio florestal que atinge o sudeste do país desde sábado (22).

Localizado na província de Uiseong, o templo foi reduzido a cinzas, marcando uma perda que vai além das paredes queimadas: foi embora um pedaço da história, da fé e da memória coletiva de uma nação.

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Segundo testemunhas, o fogo desceu pela montanha de forma rápida e incontrolável. 

“No começo, eu não esperava que o templo pegasse fogo… Levou menos de meia hora para que tudo virasse um mar de fogo”, relatou um fiel à agência Reuters. 

O Unramsa não era apenas um ponto turístico ou uma construção antiga. Era um lugar vivo, onde tradições budistas atravessaram séculos, passando por guerras, transformações políticas e mudanças culturais. 

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Incêndios na Coreia do Sul

A tragédia faz parte de uma onda de incêndios florestais que já deixaram pelo menos 24 mortos e mais de 27 mil pessoas evacuadas na Coreia do Sul. O clima seco e os ventos fortes continuam dificultando o controle das chamas, especialmente nas regiões montanhosas. O governo declarou estado de alerta e mobilizou equipes para conter o avanço do fogo e prestar assistência às vítimas.

Outro templo histórico, o Gounsa, construído no ano 681, também foi ameaçado. Diferente do Unramsa, ele segue de pé — por enquanto. Equipes usaram helicópteros para pulverizar retardantes de fogo e cobriram estátuas de Buda com tecidos especiais para protegê-las do calor.

Ana Clara Parreiras

Jornalista formada pelo UniBH, com experiência em comunicação corporativa, social media, marketing e redação. Já atuou na comunicação da Associação dos Suinocultores de Minas Gerais, no marketing do grupo Diários Associados e na redação do Jornal Estado de Minas. Atualmente, é repórter e redatora nos portais Sou BH e Aqui.

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Ana Clara Parreiras