Paulo Galvão

Um torcedor à frente da SAF do Cruzeiro

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Gustavo Aleixo/Cruzeiro.

Os cruzeirenses estão em polvorosa neste mês de abril. Primeiro, pela perda do Campeonato Mineiro para o rival Atlético, além da primeira derrota na nova casa alvinegra. Depois, pela saída de Ronaldo Nazário e seus sócios, que estão passando o controle da SAF celeste para o empresário Pedro Lourenço, que já detinha 20% das ações.

Muitos torcedores vibraram com a notícia, dada em primeira mão pelo repórter Luiz Henrique Campos, de “No Ataque”, portal de esportes dos Diários Associados. Acreditam que tudo irá melhorar, pois Pedrinho, como é conhecido do varejista, é cruzeirense e certamente vai investir para ter uma equipe que brigue por títulos

A principal crítica deles ao ex-camisa 9 é a falta de ambição esportiva. Se a atual administração foi eficiente na parte financeira, evitando a falência da Raposa, sempre deixaram claro que não gastariam mais do que arrecadam e que viam na SAF uma oportunidade de ganhar dinheiro.

Resta saber se o novo gestor vai seguir a cartilha usada por Ronaldo, que teve a maior conquista esportiva com a volta à Série A do Campeonato Brasileiro ou se vai ser agressivo no mercado. Há quem defenda que para ganhar dinheiro é preciso gastar dinheiro. Ou seja, investir pesado para obter lucro mais à frente.

Era isso que pensava, por exemplo, Itair Machado, que foi o “dono” do futebol do Cruzeiro entre 2018 e 2019, ano em que a equipe caiu para a Série B. Além disso, renunciou, junto com o presidente Wagner Pires de Sá, por absoluta incapacidade de gerir o clube, tendo cometido diversos erros e inviabilizado a instituição financeiramente.

Nisso tudo é preciso levar em consideração o atual estágio do futebol brasileiro e do próprio gigante mineiro. Muitos clubes, como Flamengo e Palmeiras, mostraram ser possível ter times competitivos e manter as contas em dia. Mas isso requer planejamento e algum fôlego financeiro.

O rubro-negro carioca só conseguiu diminuir sua dívida depois de administração austera de Eduardo Bandeira de Melo. Já o alviverde paulista contou com o auxílio de alguns dos seus ex-presidentes, como Paulo Nobre, e da atual, Leila Pereira.

O Cruzeiro não tem tanta torcida quanto o Flamengo, nem está em um mercado tão forte como São Paulo. Mas parece ter superado o pior momento e pode muito bem ter um time que figure novamente entre os primeiros colocados do Brasileiro e honre a tradição em torneios mata-matas, como a Copa do Brasil.

Vamos ver como serão os primeiros passos de Pedro Lourenço como gestor da SAF. Manter Matheus Pereira já estava nos planos justamente com ajuda dele e deve se confirmar. Mas está claro que o time precisa de reforços em todos os setores.

Scarpa começa a voar

Depois de levar algum tempo para se readaptar ao futebol brasileiro, o meia-atacante Gustavo Scarpa está reencontrando o bom desempenho que o fez destaque no Campeonato Brasileiro de 2022. O jogador vem comandando o Atlético como todos esperavam quando ele foi contratado, em dezembro.

Para isso também contribuiu a chegada do técnico Gabriel Milito, que exige que o Galo seja protagonista em todos os jogos, inclusive fora de casa. Bem melhor para Scarpa que o futebol reativo adotado pelo ex-técnico Luiz Felipe Scolari, inclusive na Arena MRV.

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