Papa Francisco foi o primeiro latino-americano a ocupar o cargo (Foto: freepik)
Após a morte do Papa Francisco nesta segunda-feira, 21, aos 88 anos, surgiram questionamentos sobre como o líder máximo da Igreja Católica lidava com dinheiro. Ao contrário de outros chefes de Estado, ele não recebia salário.
Em 2023, durante o documentário Amém: Perguntando ao Papa, Francisco afirmou que dependia da estrutura do Vaticano para cobrir suas necessidades básicas. “Quando preciso de dinheiro para comprar sapatos ou algo assim, eu peço. Não tenho um salário, mas não me preocupo com isso, pois sei que vou comer e me vestir”, disse o pontífice.
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A prática segue a linha do voto de pobreza da Companhia de Jesus, ordem religiosa à qual o papa pertencia. Mesmo que não fosse jesuíta, a Igreja Católica não mantém a tradição de pagar um salário ao Papa, algo já esclarecido pelo Vaticano em 2001, quando surgiram rumores sobre uma remuneração a João Paulo II.
O Vaticano cobre todos os custos com moradia e alimentação do pontífice. Além disso, ele controlava um fundo destinado a ações de caridade ao redor do mundo. Um dos exemplos mais notórios foi a doação de 500 mil dólares ao fundo Peter’s Pence, que auxilia imigrantes e refugiados no México.