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Criatura rara de 2 metros aparece em praia e choca banhistas; veja fotos

Pouco antes do amanhecer em uma praia do norte da Califórnia, nos EUA, um animal marinho incomum surpreendeu visitantes e pesquisadores nesta semana. O enorme peixe do gênero Mola, conhecido popularmente como sunfish, chamou atenção não apenas pelo tamanho, mas também porque pertence a uma espécie que, até poucos anos atrás, era totalmente desconhecida da ciência.

A cena de um animal de aproximadamente dois metros se destacando entre troncos e outros destroços na areia não passou despercebida aos olhos atentos de cientistas e moradores locais.

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A espécie identificada é a Mola tecta, apelidada de “hoodwinker sunfish”. Antes restrita do ponto de vista científico ao hemisfério Sul, ela começou a ser reconhecida em áreas muito além do esperado. A quantidade de registros recentes nessa região despertou novos questionamentos entre especialistas sobre padrões migratórios e a própria distribuição do animal pelo planeta.

Peixe intriga cientistas

Descoberta oficialmente em 2017, a Mola tecta é considerada um verdadeiro mistério para a biologia marinha. A dificuldade em diferenciá-la de outras espécies do mesmo grupo levou anos de estudos e análises genéticas conduzidas por pesquisadores da Nova Zelândia. Entre as características únicas desse peixe estão o formato peculiar do corpo, a ausência de alguns calombos na região da cabeça e estruturas óbvias que distinguem as tecta das demais sunfish, como a cauda clavus afilada.

O evento de encalhe desse espécime despertou interesse por sugerir que essas criaturas transitam por grandes distâncias no oceano. Até então, acreditava-se que barreiras de águas quentes próximas ao Equador funcionavam como limites naturais para a dispersão da espécie.

Com registros recentes em locais como Califórnia, Oregon e até Alasca, os pesquisadores agora avaliam hipóteses sobre a capacidade desses animais de mergulhar em profundidades significativas, ultrapassando as zonas mais aquecidas e expandindo seu território para o hemisfério Norte.

O que há de tão diferente na Mola tecta?

Em relação aos outros sunfish, a Mola tecta exibe algumas variações morfológicas essenciais. Além do corpo achatado e arredondado comum ao grupo, a espécie apresenta uma largura específica na região da cauda e ausência de protuberâncias na cabeça, detalhes que desafiaram a percepção dos cientistas por décadas.

Outras diferenças incluem as proporções da boca e a coloração do dorso, sutilmente distinta em relação à Mola mola, a espécie mais conhecida do público geral.

O nome “tecta”, derivado do latim para “oculto” ou “escondido”, reforça a ideia de um animal que permaneceu invisível para a ciência moderna até bem recentemente. Relatos de encontros com o hoodwinker, porém, se intensificaram após sua identificação formal, indicando que essas criaturas talvez fossem até mais comuns do que se imaginava anteriormente, apenas confundidas com outros tipos semelhantes de sunfish.

O animal é perigoso?

É comum que o aparecimento de um animal tão singular em praias movimentadas desperte dúvidas sobre riscos à saúde ou ao meio ambiente. Contudo, pesquisadores e autoridades ambientais ressaltam que o sunfish hoodwinker não oferece perigo aos banhistas nem desencadeia desequilíbrios ecológicos conhecidos.

De acordo com especialistas, episódios de encalhe dessas espécies são fenômenos naturais e não representam, necessariamente, a influência direta de ações humanas sobre os oceanos.

Os sunfish têm dieta predominantemente composta de plâncton, águas-vivas e pequenos organismos marinhos.

Além disso, a presença desses gigantes nas praias está associada a causas fisiológicas, correntes marítimas e nem sempre indica problemas ambientais.

Redação Aqui

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