Hoje é dia do pão de queijo, a iguaria mineira mais conhecida de todos os tempos. E apesar de ser muito comum na mesa dos mineiros, muita gente não conhece conexão que ele tem com a mandioca, que consiste na transformação da raiz em um produto conhecido como polvilho.
Uma etapa crucial no processo de preparação da mandioca para consumo envolve a herança do amido presente em suas raízes. Esse amido é o que forma a base do polvilho, que é essencial na criação da massa do pão de queijo.
O polvilho é obtido através de um processo de moagem e lavagem da mandioca, que separa o amido da fibra. Esse amido é seco e transformado em grânulos conhecidos como polvilho doce e polvilho azedo, ambos ingredientes sendo-chave na culinária brasileira.
Para criar a massa característica do pão de queijo, o polvilho doce é combinado com outros ingredientes, como queijo, leite, óleo e ovos, formando uma mistura obediente e elástica. A textura única e o sabor inconfundível do pão de queijo são resultado dessa combinação cuidadosa de ingredientes, com o polvilho executando um papel fundamental na obtenção da consistência desejada.
Portanto, o pão de queijo é, de fato, uma iguaria que se origina da mandioca, por meio da herança de seu amido para produzir o polvilho.
Essa intrincada relação entre a raiz da mandioca e a culinária brasileira demonstra a maneira como a tradição alimentar é profundamente enraizada na natureza e nos recursos locais, criando um vínculo inquebrável entre o pão de queijo e a rica herança culinária do Brasil.