Após quase cinco décadas de mistério, a identidade de um corpo congelado encontrado perto de uma trilha de caminhada popular nos Estados Unidos foi finalmente desvendada. O cadáver foi encontrado em 16 de janeiro de 1977 em uma caverna localizada abaixo do Pinnacle, um ponto de vista conhecido na Trilha dos Apalaches, na Pensilvânia.
O corpo era de um homem branco, pesando cerca de 70 quilos, com idade entre 25 e 35 anos, olhos azuis e cabelo encaracolado avermelhado. Ele possuía altura entre 1,78 e 1,80 metros. Após a autópsia, foi determinado que a causa da morte foi overdose de barbitúricos, e sem sinais de jogo sujo, o veredito foi suicídio.
Apesar dos esforços para identificar o homem, incluindo a divulgação de uma descrição física detalhada e a publicação de um esboço do rosto, ninguém veio à frente para reivindicá-lo, e o caso esfriou. O corpo permaneceu enterrado em um lote de cemitério reservado para sepulturas não identificadas até 2019, quando foi exumado para nova investigação forense.
Durante essa nova análise, amostras foram enviadas a especialistas com experiência em resolver casos antigos, mas, novamente, nada foi descoberto. A reviravolta decisiva veio somente este mês, quando um detetive de casos arquivados encontrou impressões digitais do corpo tiradas durante a autópsia original e as enviou para o FBI.
Um agente do FBI conseguiu combinar as impressões digitais da autópsia com as impressões tiradas de um homem que havia sido preso por uma contravenção no Colorado em 1975. Na terça-feira, um legista local revelou que a identidade do homem era Nicolas Paul Grubb, um homem de 27 anos de Fort Washington, Pensilvânia.
Nicky Grubb, como era conhecido por sua família, nasceu em 1950 em Croydon, no sul de Londres. Seu avô, um líder evangélico proeminente, mudou-se com a maior parte da família da Inglaterra para Fort Washington na década de 1950. Nicky e seus pais seguiram algum tempo depois, e Nicky acabou se alistando na Guarda Nacional do Exército da Pensilvânia antes de ser dispensado em 1971.
Segundo os parentes sobreviventes, a família sabia do desaparecimento de Nicky, mas isso sempre foi um mistério não resolvido. Charles R. Grubb, primo de primeiro grau, comentou em uma entrevista ao The Philadelphia Inquirer: “Sempre achei isso intrigante. Foi realmente interessante e intrigante saber. Que finalmente houve alguma culminação para o desaparecimento dele. Para esse mistério.”
A identificação do corpo de Nicky Grubb fecha um capítulo doloroso para a família, que por muito tempo ficou sem respostas. É um lembrete trágico da importância das técnicas de identificação moderna e do trabalho incansável dos investigadores de casos arquivados.