Um jovem norte-coreano de 22 anos foi executado publicamente em 2022 por ver e compartilhar filmes e músicas da Coreia do Sul, conforme revela o Relatório de 2024 sobre os Direitos Humanos da Coreia do Norte, divulgado pelo ministério da unificação da Coreia do Sul nesta quinta-feira (27). Este relatório, que compila testemunhos de 649 desertores norte-coreanos, lança luz sobre os esforços do regime de Pyongyang para conter a influência cultural externa.
De acordo com o depoimento de um desertor, o jovem, oriundo da província de Hwanghae do Sul, foi condenado à morte por ouvir 70 músicas sul-coreanas, assistir a três filmes e distribuí-los. Tais atos infringem uma lei norte-coreana de 2020, que proíbe a disseminação de “ideologia e cultura reacionárias”.
O relatório detalha como as autoridades norte-coreanas intensificam seus esforços para controlar o fluxo de informações externas, com um foco especial nos jovens. Outras repressões incluem punições por práticas consideradas “reacionárias”, como noivas usando vestidos brancos, noivos carregando a noiva, uso de óculos escuros e consumo de álcool em taças de vinho — todos vistos como costumes influenciados pela cultura sul-coreana.