
Mesmo com ingressos caros e vendas online complicadas, o público segue priorizando experiências reais em shows
A música ao vivo vai muito além do entretenimento: ela transforma experiências, conecta culturas e influencia hábitos de consumo. É o que revela uma pesquisa global realizada pela Live Nation com 40 mil pessoas em 15 países. O levantamento mostra que quase 70% dos entrevistados preferem assistir a um show do artista favorito do que fazer sexo, e 39% escolheriam a música ao vivo como única forma de entretenimento pelo resto da vida.
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Mesmo com o aumento constante nos preços de ingressos e a presença de bots nas vendas online, fãs continuam a encher arenas, estádios e festivais em busca da energia única que apenas um show ao vivo pode proporcionar. Essa procura mostra que o valor da experiência supera obstáculos financeiros e tecnológicos.
“Hoje, mais do que nunca, as pessoas buscam vivências reais. O público não quer apenas assistir: quer sentir, participar e se conectar”, afirma Russell Wallach, presidente global da Live Nation.
A pesquisa também destaca que 93% dos fãs afirmam priorizar experiências reais em vez de virtuais. Além disso, 80% dos entrevistados preferem gastar dinheiro em vivências do que em produtos materiais. Isso revela uma mudança significativa nos hábitos de consumo: cada vez mais, o público valoriza momentos que criam memórias e histórias, em vez de objetos.
Outro dado curioso é que 71% dos participantes ouvem artistas que cantam em línguas diferentes da sua. Esse índice reforça o papel da música como ferramenta de conexão cultural e social, capaz de atravessar fronteiras e unir pessoas independentemente de idioma ou origem.
Wallach resume o momento: “A música ao vivo não está apenas crescendo, ela está moldando economias, influenciando marcas e definindo a cultura em tempo real” (via Consequence.Net). O levantamento mostra que o setor de shows vai além do entretenimento, afetando diretamente setores como turismo, gastronomia, marketing e comércio de produtos relacionados.
Com o retorno de grandes turnês e festivais internacionais, a tendência é que a música ao vivo continue a crescer em importância cultural e econômica. Plataformas digitais, embora ampliem o acesso à música, não substituem a experiência de estar presente, ouvir, sentir a energia coletiva e viver a performance em primeira mão.