Raj Kumar, o pintor que em 2020 perdeu ambas as mãos em um acidente ao atravessar os trilhos em Nangloi e ser atropelado por um trem, passou por uma cirurgia de alta complexidade: um transplante bilateral de mãos, no Hospital Sir Ganga Ram, em Délhi, na Índia.
O procedimento contou com 11 médicos que trabalharam por 12 horas na reconstrução de ossos, artérias, veias, tendões, músculos, nervos e pele.
O médico principal, Dr. Gambhir, afirmou em uma entrevista que o paciente, Kumar, foi a escolha ideal por ser um amputado bilateral.
Eles captaram ambas as mãos de Meena Mehta, um mulher que faleceu e era doadora de múltiplos órgãos. Seus rins, fígado e córneas foram doados para outras três pessoas. O paciente chegou a usar próteses antes da cirurgia, mas não se adaptou.
“Depois que selecionamos o paciente e fizemos a compatibilidade sanguínea, descobrimos que ele era o candidato ideal para o paciente. Pegamos as mãos e primeiro fixamos os ossos com placas e parafusos e depois fixamos os músculos e depois a artéria e o nervo” disse o Dr. Gambhir.
A precisão e expertise foram os grandes diferenciais para a recuperação de Kumar, que após seis semanas recebeu alta, o paciente saiu do hospital nesta quarta-feira.